Tem uma época na nossa vida que é marcada pelo gerúndio. Todo mundo tem esse momento em que tudo está acontecENDO. Olhar pra trás e ver que ficou lá, perdida em paredes entupidas de imagens, uma infância feliz. Olhar para trás e ver uma adolescência e juventude bem vividas, aproveitadas que só! E estar aqui, com essa bagagem pesada, com dores e amores, com experiências e medos, com um monte vivido e um monte por viver.
Se eu voltasse lá para o quadro mais amarelado da “parede da memória”, se eu lembrasse os meus sonhos daquela época, certamente os lugares seriam outros, as obrigações bem diferentes... Seria feliz? Se eu pudesse imaginar que eu estaria aqui depois de um quarto de século, será que eu ainda quereria o que eu quis?
É engraçado ver em lembranças e recordações o que se contruiu. É mais gostoso ainda perceber que agora é a sua vida que está sendo... Assim mesmo, no gerúndio, a minha vida está sendo por minha própria conta e risco, com meus próprios pés, minhas próprias decisões, meus próprios dinheiros e sem ajuda dos universitários ou PAIStrocinadores...
Sabe os amigos do tempo das corridas de bicicletas ou do pega-pega de patins? São prestadores de serviços, funcionários públicos, trabalhadores autônomos... Sabe os amigos dos primeiros copos? São pais de família, são noivas preparando suas festas... Sabe aqueles amigos que disputavam o primeiro lugar da classe com você? São médicos respeitados, advogados de sucesso, engenheiros e arquitetos...
O tempo passou, eu sei. Mas aqui no coração ainda lateja uma alma com muitos sonhos, mas que está exatamente onde queria estar e que não sabe se é possível ser mais feliz.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Todo dia ele faz tudo sempre igual
Ele acorda cedo todo dia. Não importa se é sábado, domingo, feriado ou dia santo. Acorda sempre sorrindo, um sorriso contagiante, daqueles que dá vontade de pular em cima. Ele pisca os olhos, esfrega-os com as mãos, se estica todinho e abre o sorrisão destruidor. E eu me jogo!
Muitas vezes a gente toma banho junto. Sempre é um banho demorado. Ficamos os dois debaixo do chuveiro, rindo, trocando beijinhos, nos ensaboando por muito tempo... Ele adora. Eu também.
A hora em que a gente se separa é a pior de todas. A gente não quer se largar nunca... Mas trabalhar é preciso. E lá vou eu de terninho e sapato de bico fino e ele com suas sandálias inconfundíveis e andar engraçado.
Pelos menos, a gente sempre se encontra para o almoço. Muitas vezes, dividimos o prato. A mesma comida, o mesmo garfo, a mesma cadeira, o mesmo copo. Tudo dividido. Tudo que é meu, é dele. Ele já sabe disso e se aproveita.
Mas a melhor hora do dia é quando eu chego do trabalho, quando eu abro a porta e dou de cara com aquele sorrisão, com aqueles olhos brilhantes, que funcionam como ímãs e me puxam violentamente pra cima dele. Aí, a gente rola no chão pra matar a saudade e ri até a barriga doer.
E mesmo que ele nem saiba falar direito, mesmo que nem sempre seus gestos sejam carinhosos, eu sei que quando ele dorme aninhado no meu peito, segurando minha mão com uma das suas e a chupeta na boca com a outra, ele tá no lugar em que ele mais ama estar. E eu, neste exato instante, sinto o amor transbordar.
Muitas vezes a gente toma banho junto. Sempre é um banho demorado. Ficamos os dois debaixo do chuveiro, rindo, trocando beijinhos, nos ensaboando por muito tempo... Ele adora. Eu também.
A hora em que a gente se separa é a pior de todas. A gente não quer se largar nunca... Mas trabalhar é preciso. E lá vou eu de terninho e sapato de bico fino e ele com suas sandálias inconfundíveis e andar engraçado.
Pelos menos, a gente sempre se encontra para o almoço. Muitas vezes, dividimos o prato. A mesma comida, o mesmo garfo, a mesma cadeira, o mesmo copo. Tudo dividido. Tudo que é meu, é dele. Ele já sabe disso e se aproveita.
Mas a melhor hora do dia é quando eu chego do trabalho, quando eu abro a porta e dou de cara com aquele sorrisão, com aqueles olhos brilhantes, que funcionam como ímãs e me puxam violentamente pra cima dele. Aí, a gente rola no chão pra matar a saudade e ri até a barriga doer.
E mesmo que ele nem saiba falar direito, mesmo que nem sempre seus gestos sejam carinhosos, eu sei que quando ele dorme aninhado no meu peito, segurando minha mão com uma das suas e a chupeta na boca com a outra, ele tá no lugar em que ele mais ama estar. E eu, neste exato instante, sinto o amor transbordar.
Assinar:
Postagens (Atom)