1- Odeio as pessoas que dirigem à 40 km/h. A rua inteira pela frente e a pessoa lá, empatando o trânsito.
2- Odeio mais ainda se as pessoas citadas acima que ficam na faixa da esquerda. Será que elas não sabem que a da esquerda é destinada às ultrapassagens ou fazem isso de propósito, achando que vão evitar acidentes de trânsito fazendo todo mundo seguir em cortejo fúnebre até o destino final?
3- Odeio motoboys. Não sabem o que significa faixa, muito menos sinaleira.
4- Odeio, tanto quanto os motoboys, os motoristas de ônibus, principalmente aqueles que dirigem na faixa da esquerda e que, quando chegam perto do ponto, atravessam a rua de um lado ao outro.
5- Mas o que eu odeio mais que tudo são os flanelinhas. PQP! Eu pedi pra você olhar meu carro??? E quem disse que eu, que pago já um monte de imposto, tenho que pagar alguma coisa pra você, que perambula pelas ruas com uma flanela nas mãos e finge que ajuda alguém na ora de manobrar para estacionar? Ah, vai se lascar!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Sobre carência
Ah, a minha carência... Essa busca que não termina nunca de se sentir amada, de se sentir querida, de se perceber amiga, de saudade enorme de gente que não mais aqui ou longe daqui... Essa cratera no coração que faz com que a necessidade de atenção e carinho se renove a cada dia, como se inesgotável. É isso mesmo, porque não me basta mensagens no meio da tarde, nem ligações para perguntar da vida... Não me basta amigos física e espiritualmente presentes, nem filho gritando “mamãeeee!!!” o dia todo, nem beijinhos ao acordar, nem conchinha ao dormir, porque a minha ânsia é infinita.
É algo intangível, superior, é maior do que eu. É vontade de estar perto, de falar as coisas todas que eu queria dizer, de sentir reciprocidade, é perceber o olhar que vale mais que mil palavras, é o desejo contido de pular em cima, é ter até pensamentos mórbidos como abraçar até sufocar ou matar de tanto beijar, é querer incontrolavelmente ter a pessoa tão perto, mas tão perto, como se fosse possível se entrar dentro um do outro.
Mas a verdade é que já se está do lado de dentro porque quando se é carente assim é porque se ama demais e um amor assim, não pode, não deve, não há de ser rejeitado nem será em vão.
É algo intangível, superior, é maior do que eu. É vontade de estar perto, de falar as coisas todas que eu queria dizer, de sentir reciprocidade, é perceber o olhar que vale mais que mil palavras, é o desejo contido de pular em cima, é ter até pensamentos mórbidos como abraçar até sufocar ou matar de tanto beijar, é querer incontrolavelmente ter a pessoa tão perto, mas tão perto, como se fosse possível se entrar dentro um do outro.
Mas a verdade é que já se está do lado de dentro porque quando se é carente assim é porque se ama demais e um amor assim, não pode, não deve, não há de ser rejeitado nem será em vão.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
A novidade
Num mesmo 20/02, só que dois anos depois, decubro a alegria radiante de estar gerando mais uma vida. Apesar da torcida organizada para que seja uma menina eu só quero uma coisa: que venha com saúde!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Queridos amigos
O que somos nós se não um amontoado de caquinhos daqueles que passaram por nós? Um patchwork de rostos? Uma junção de peças de um quebra-cabeça que é a vida? O que somos nós se não algo híbrido, complexo, múltiplo?
Cada pessoa com que convivemos deixa uma marca, pequena ou grande, doce ou amarga, memorável ou preferível esquecer. Sim, porque há rancores, há mágoas, há lágrimas, há dores e há muitos desentendimentos por esta vida. Como também há amores, sorrisos, gargalhadas, paixões...
Na verdade, pouco importa o motivo pelo qual o outro ficou marcado em você, com o correr dos anos as dores arrefecem, as mágoas se esvanecem, as lágrimas secam, os rancores se vão... Das mais loucas paixões, fica uma saudade gostosa. Dos mais doces amores, fica uma lembrança eterna. Das amizades mais íntimas, fica o afeto que não acaba nunca e independe de espaço físico e de contato. É o afeto que importa. São estas as amizades que sempre estarão com a gente. Amizades que são, nem sempre estão. Assim mesmo, sem complemento, pra mostrar o quê de definitivo encrustado nelas.
Cada um destes amigos se fez presente em um momento inesquecível da vida, seja quando você aprendeu a andar de bicicleta, ou passou no vestibular, ou ficou destroçada com o fim de um namoro ou de um casamento, ou quando seu pai morreu, ou quando arranjou o primeiro emprego... Eles estavam presentes quando tínhamos a vida inteira pela frente, tudo ainda por vir. Eles compartilharam o sonho de vencer na vida e de fazer algo incrível, algo que não supomos capazes de fazer. Eles acompanharam seu período comunista-revolucionário, social-democrata, capitalista-neoliberal, solteiro-procura, amante-de-respeito, casado-pai-de-família.
Eles estiveram lá, sempre. E estão aqui ainda hoje, mesmo que não nos falemos, mesmo que não nos vejamos, mesmo que não sejamos mais íntimos, porque eles estão do lado de dentro e sempre estarão. Sinto falta da amizade cotidiana que tivemos, mas sei que a vida é traiçoeira e prega estas peças na gente para que possamos perceber que o que realmente importa é estarmos juntos, mesmo que seja via MSN ou por email, porque a distância física pode ser grande, mas a dos corações, não.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Faz tempo que não ando por aqui... A vida anda tranquila, tranquila... Existe ainda a ânsia aqui no peito que por vezes me faz surgir na cabeça milhares de coisas interessantes pra contar, mas a falta absurda de tempo me impede (o tempo que tenho livre é dedicado integralmente àquele de 1 ano e 5 meses).
Pensei em começar um conto, pensei em falar do tempo, pensei em falar de amor, mas não dá. As coisas não estão mais extravasando a alma como antes. Não existe o transbordamento que me impele a escrever. É sempre tão mais difícil quando se está em paz. Descubro, então, que sou a escritora dos tempos negros ou dos vazios ou de hiatos. Entendam como quiserem.
O fato é que é tempo de céu azul, de plenitude e de ditongos... Que venham mais dias azuis assim, mesmo sob pena de me manterem afastada daqui.
Um abraço nos que ainda me frequentam.
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