Decidir ter um filho é um ato de coragem. Eu não escolhi ser mãe, eu me tornei uma. Eu não tive tempo de desejar, mas adorei a missão. A cada dia, me encanto mais com a tarefa, com os encargos e com as inúmeras satisfações. Concordo com quem diz que são muitos os transtornos, mas a recompensa... Essa, sim, não tem preço! Se tivesse planejado certinho, esperado a estabilidade financeira, a pessoa certa, o casamento, talvez nada tivesse acontecido como aconteceu. Mas tô aqui, às vésperas do 27º aniversário, com dois meninos pequenos correndo pela casa, a pessoa certa do lado direito da cama e feliz.
Há pouco mais de 3 anos, num exame ginecológico de rotina (ao qual fui sozinha e sem levar celular), fui avisada que estava grávida de poucas semanas. Na época, eu tinha um rolo com um ex-namorado que jamais tinha saído da minha vida, eu estava no último semestre da faculdade e planejava a majestosa festa de formatura, ganhava menos de R$ 1.000,00 por mês e, apesar do susto, eu nem sei porque, fiquei feliz.
Voltei pra casa com a sensação de que aquela poderia ser uma das poucas oportunidades de ser mãe na vida, uma vez que eu tinha um histórico de problemas ovarianos. Nem pensei no que minha mãe, minhas tias fofoqueiras, o pai do bebê, meu próprio pai poderiam dizer ou pensar. Eu teria meu filho!
A surpresa de saber que seria mãe não foi menor que a surpresa de ver que o ex-namorado queria ficar com a gente e que a minha mãe (que achava que iria morrer antes de conhecer os netos) ficou feliz com a notícia. Assim, em dois meses, eu tava morando num apartamento espaçoso, com o pai dos meus filhos. No dia do meu baile de formatura, usava um longo vermelho e carregava uma barriga de quase 7 meses de gravidez.
Antes mesmo do Matheus completar um ano, o Thi - meu marido - já queria outro filho. Em dezembro de 2007, prometi que engravidaríamos novamente em 2008. E exatamente 2 anos depois do primeiro susto, no dia 20/02/2008, descobri que estava grávida novamente. A surpresa veio do fato de ter parado o anticoncepcional há um mÊs apenas.
De tudo isso, a lição que tirei é que a gente não controla a nossa própria vida. Não dá pra planejar certinho nem calcular matematicamente o futuro. Aprendi que aquilo que é pormenorizadamente planejado tem uma tendência muito maior a dar errado. Já dizia Joseph Climber que a vida é uma caixinha de surpresas. Tenho certeza de que as surpresas que me foram reservadas foram as melhores possíveis. E que venham outras, mais surpreendentes e ainda mais felizes!
UPDATE: A gente vai casar ano que vem! As crianças serão os pajens!!!
5 comentários:
Vou deixar de vir aqui também...
Caro anônimo, como n sei quem é vc, n fará a menor falta!
Caro anônimo, como n sei quem é vc, n fará a menor falta!
Nossa, acredita que me arrepiei lendo teu post? Aff... Todo mundo tem as suas histórias, não é? Mas normalmente a gente só vê (ou quer ver) aquilo que aparece, que é transparente a todos, entretanto, quantas camadas de histórias não estão por trás de cada um? Adoro enxergar as pessoas assim, por inteiro, com seus defeitos e seus passados, seus medos, suas felicidades... Tb adorei teu blog.
Odeio anônimos, gente sem "marra"... Vá com Deus, filho!
Ei bicha besta... o anônimo ali era eu... só para te insultar cururu teitei, como diz a JU bjim
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