terça-feira, 30 de junho de 2009
Matheus bacana
Matheus ganhou há muito tempo uma toca neste estilo da foto. Adorou, usou muito. O problema é que moramos num apê pequeno e o estrupício ficava no meio da sala. Desmontamos e encaixotamos tudo. Agora que o período de férias tá chegando, a gente resolveu montá-la de novo. E ela tá lá no meio da sala mais uma vez. Ao chegar do trabalho, Matheus me interrompe ainda no corredor e dispara:
- Que bom que você chegou, mamãe! Vamos brincar na minha "bacana"?
- kkkkkk! Onde? (perguntei já entendendo o erro)
- aqui ó, na minha "bacana" com bolinhas coloridas.
- Claro, meu amor! A mamãe vai adorar sua cabana. Espera só eu trocar de roupa...
(Duas horas depois, exausta de tanto brincar na toca)
- Matheus, agora a mamae vai tomar banho, certo?
- Certo, mamãe! Foi uma gostosura!
(Onde eles aprendem isso?)
_
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Porque eles dizem o que eu queria dizer
"Ahhh
olha, se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão
Ahhh, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
aceito a condição"
(O velho e o moço)
"Se desta vez
ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
sangrar."
(A outra)
"Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
que esse humor é coisa de um rapaz
que sem ter proteção
foi se esconder atrás da cara de vilão"
(Cara Valente)
olha, se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim?
Dispenso a previsão
Ahhh, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
aceito a condição"
(O velho e o moço)
"Se desta vez
ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
sangrar."
(A outra)
"Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
que esse humor é coisa de um rapaz
que sem ter proteção
foi se esconder atrás da cara de vilão"
(Cara Valente)
sábado, 27 de junho de 2009
Nossos ídolos estão morrendo...
Não falo de exemplo a ser seguido. Não falo de caráter, nem de modelo. Falo apenas que aqueles, a quem admirávamos na infância e adolescência, começam a desaperecer deste mundo. Perceber isso é também saber que crescemos. Um dia, nenhum deles estará por aqui. Um dia, serão nossos pais. Depois, seremos nós. E a vida seguirá seu curso.
Rest in peace, Michael!
terça-feira, 23 de junho de 2009
Ser feliz é ser magra!
domingo, 21 de junho de 2009
?
Fica cada vez mais difícil entender o ser humano. Principalmente o modus operandi em momentos de crise existencial, como morte, doença, engarrafamento.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Crescer
Eu descobri que crescer é inevitável. É dolorido eu sei, é cheio de tapas na cara, puxadas de tapetes, queixo caído, surpresas boas e outras bem ruins. Mas a gente cresce, não há como se mudar pra Terra do Nunca. Não aqui no mundo brutal e entregue às baratas em que vivemos.
A gente cresce ininterruptamente, um pouco mais a cada dia e, de repente, toma um susto com a adultice com o dedo na cara cobrando da gente decisões, escolhas e posturas que a gente nem queria tomar, fazer e ter. Não nos próximos 25 anos.
A gente cresce e acorda um dia com um marido do lado, filhos pequenos, empregada doméstica, emprego, secretária, contas e bens. A gente cresce e o grande problema é que tem dias em que a vida adulta é mesmo um porre, um chatice, para a qual ninguém foi preparado.
A gente cresce e sente as cobranças do mundo todo sobre a gente. Porque a gente tem que ser mãe, profissional (não traga seus problemas pessoais para o trabalho!), magra, gostosa, tem que fazer sexo, a gente tem que saber usar a maquiagem e seguir as tendências fashionistas, a gente tem que ter roupa legal, saber se portar, saber falar, saber se apresentar, saber vender, saber andar, saber contra-argumentar, saber usar os talheres (primeiro os de fora) e as taças corretas para água, vinho e espumante.
A gente cresce e tem que ler um monte de coisa para aquela tese, para aquele artigo, tem que ler os jornais e certos catedráticos e tem sempre uma lista enorme de, pelo menos, 35 livros que você adoraria ler ou filmes a que você adoraria assistir e simplesmente não arruma tempo para.
A gente cresce e os amigos que outrora eram vistos diariamente nos bares da esquina ou na faculdade, simplesmente foram embora, assumiram cargos e funções importantes. Eles cresceram também. A gente cresce e descobre que a revolução comunista foi um sonho que sonhamos meio sem acreditar, que mudar o mundo é tão fácil quanto aprender mandarim, que o seu maior sonho atual, na perspectiva da vida corrida que leva, é poder dormir até às 9 da manhã.
A gente cresce e os fins de semana regados a chopp e churrasco, se tornam cheios de leituras do trabaho, almoços familiares, playgrounds e crises existenciais pela folga da babá. Cresce e se dá conta de que a prestação do cartão de crédito tá quase chegando ao valor do salário do fim do mês e se contenta em ficar sem aquele perfume mara. A gente cresce e descobre que não se pode dizer tudo de uma vez, ainda que esteja extrapolando o coração; é sempre melhor contar até cem e respirar fundo. A gente cresce e aquela música que embalou tantos momentos toca na rádio no programa do túnel do tempo, ou fundo do baú, qualquer coisa que o valha.
A gente cresce e sabe que o tempo é um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho, que ele não para, e que dia sim, dia não, a gente sobrevive sem um arranhão. Mas no final das contas crescer é poder reconhecer que cresceu sem ao menos ter prestado atenção no processo todo e se dá conta de que não é possível voltar no tempo. Mas é também o processo de reconhecimento de si mesmo de tomar as rédeas da prórpia vida e decidir tudo sem ajuda de universitários.
Crescer faz crescer a nostalgia pelo período que passou, mas o período que está sendo será saudade dentro em breve. Por isso, eu reconheço que cresci e estou feliz aqui, com meus filhos, meus discos, meus amores e meus livros e nada mais.
A gente cresce ininterruptamente, um pouco mais a cada dia e, de repente, toma um susto com a adultice com o dedo na cara cobrando da gente decisões, escolhas e posturas que a gente nem queria tomar, fazer e ter. Não nos próximos 25 anos.
A gente cresce e acorda um dia com um marido do lado, filhos pequenos, empregada doméstica, emprego, secretária, contas e bens. A gente cresce e o grande problema é que tem dias em que a vida adulta é mesmo um porre, um chatice, para a qual ninguém foi preparado.
A gente cresce e sente as cobranças do mundo todo sobre a gente. Porque a gente tem que ser mãe, profissional (não traga seus problemas pessoais para o trabalho!), magra, gostosa, tem que fazer sexo, a gente tem que saber usar a maquiagem e seguir as tendências fashionistas, a gente tem que ter roupa legal, saber se portar, saber falar, saber se apresentar, saber vender, saber andar, saber contra-argumentar, saber usar os talheres (primeiro os de fora) e as taças corretas para água, vinho e espumante.
A gente cresce e tem que ler um monte de coisa para aquela tese, para aquele artigo, tem que ler os jornais e certos catedráticos e tem sempre uma lista enorme de, pelo menos, 35 livros que você adoraria ler ou filmes a que você adoraria assistir e simplesmente não arruma tempo para.
A gente cresce e os amigos que outrora eram vistos diariamente nos bares da esquina ou na faculdade, simplesmente foram embora, assumiram cargos e funções importantes. Eles cresceram também. A gente cresce e descobre que a revolução comunista foi um sonho que sonhamos meio sem acreditar, que mudar o mundo é tão fácil quanto aprender mandarim, que o seu maior sonho atual, na perspectiva da vida corrida que leva, é poder dormir até às 9 da manhã.
A gente cresce e os fins de semana regados a chopp e churrasco, se tornam cheios de leituras do trabaho, almoços familiares, playgrounds e crises existenciais pela folga da babá. Cresce e se dá conta de que a prestação do cartão de crédito tá quase chegando ao valor do salário do fim do mês e se contenta em ficar sem aquele perfume mara. A gente cresce e descobre que não se pode dizer tudo de uma vez, ainda que esteja extrapolando o coração; é sempre melhor contar até cem e respirar fundo. A gente cresce e aquela música que embalou tantos momentos toca na rádio no programa do túnel do tempo, ou fundo do baú, qualquer coisa que o valha.
A gente cresce e sabe que o tempo é um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho, que ele não para, e que dia sim, dia não, a gente sobrevive sem um arranhão. Mas no final das contas crescer é poder reconhecer que cresceu sem ao menos ter prestado atenção no processo todo e se dá conta de que não é possível voltar no tempo. Mas é também o processo de reconhecimento de si mesmo de tomar as rédeas da prórpia vida e decidir tudo sem ajuda de universitários.
Crescer faz crescer a nostalgia pelo período que passou, mas o período que está sendo será saudade dentro em breve. Por isso, eu reconheço que cresci e estou feliz aqui, com meus filhos, meus discos, meus amores e meus livros e nada mais.
domingo, 14 de junho de 2009
Doçura
A criatura mais doce que eu conheço mede menos de 1m, tem o pé do tamanho da palma da minha mão; não fala nada, mas eu consigo entender cada um dos seus sentimentos; só tem dois dentes e o sorriso mais lindo do mundo. A criatura mais doce que eu conheço derrete o coração de todos que o conhecem ao mostrar sua banguelice, ao balançar os braços e ao soltar beijos estalados com a língua. A criatura mais doce que eu conheço adora se recostar no colo de quem quer que lhe pegue, adora colher cheia na boca, adora correr atrás do irmão mais velho. A criatura mais doce que eu conheço me faz cada dia mais feliz e hoje completa 8 meses.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Não leiam
Quero logo advertir que tratarei de assunto polêmico, mas quero deixar claro que tudo que estará aqui declinado será reflexo da minha opinião, da minhaa visão do mundo, com o que ninguém é obrigado a concordar. Achou chato? O X no canto superior direito é a serventia da casa.
Eu não acredito em Deus. Eu não acho que exista este ser que guia a vida das pessoas e decide quem vai viver e morrer, quem vai passar no concurso, quem vai ser feliz, quem vai ser rico, se merecemos o céu ou o inferno, e que é capaz de perdoar o pedófilo, o assassino de crianças, os sequestradores, se eles se arrependerem na hora da morte, mas que é incapaz de impedir o sofrimento das vítimas. Eu não acredito que ele criou o mundo e o homem. Não acredito, ponto.
Mas eu acredito nas pessoas, na solidariedade, na compaixão, no sentimento humano, no poder do que desejamos para nós e para os outros. Eu acredito que somos capazes de formar energia positiva suficiente e capaz de operar milagres. Pronto, falei. Eu não acredito em Deus, mas acredito em milagres. Eu acredito que nossos pensamentos têm poder.
Por tudo isso, eu me assusto quando descubro que tem gente desejando o mal, querendo ver alguém se ferrar. Porque eu acho que é pelo pensamento, pelo que somos para com os outros e pelo que desejamos que nos tornamos mais humanos, acho também esse tipo de comportamento reprovável. Pensando bem, tem gente que torce para ver a desgraça alheia e vibra muito quando ela acontece (vibra por dentro; por fora, o cínico se faz de solidário) e desse tipo de gente, eu quero é distância e mantenho, mas nem sempre consigo vencê-las.
Hoje eu ouvi uma história de muito sofrimento, de uma amiga que passou por maus bocados com o marido, ausente, frio, negligente, desrespeitoso, até infantil. Ela estava grávida de gêmeos, sozinha numa cidade grande, sem família, sem ninguém com quem contar, foi a todas as consultas do pré-natal sozinha, e só não foi sozinha à maternidade porque a mãe veio para o nascimento dos netos.
Não, eu realmente não acho que alguém seja capaz de desejar isso a ela. Mas eu penso que quando eu me vi grávida, nas circunstâncias em que eu fiquei, alguém deve ter dito "bem feito! Agora ela se ferrou!". pois num é que não? E depois disso, acho que este tipo de gente não pode mais contar vitória... Não em relação à minha história! Ainda bem!
Não sou melhor, nem perfeita, nem imune a sentimentos ruins... Tenho meus momentos de ódio mortal, de inveja, de rancor... Mas eu só num deixo que eles tomem de conta da minha mente nem controlem minhas ações. Prefiro me preocupar com as minhas questões domésticas a perder meu tempo com o disse-me-disse. Levo a minha vida assim e tem me sido doce e psicologicamente saudável.
Eu não acredito em Deus. Eu não acho que exista este ser que guia a vida das pessoas e decide quem vai viver e morrer, quem vai passar no concurso, quem vai ser feliz, quem vai ser rico, se merecemos o céu ou o inferno, e que é capaz de perdoar o pedófilo, o assassino de crianças, os sequestradores, se eles se arrependerem na hora da morte, mas que é incapaz de impedir o sofrimento das vítimas. Eu não acredito que ele criou o mundo e o homem. Não acredito, ponto.
Mas eu acredito nas pessoas, na solidariedade, na compaixão, no sentimento humano, no poder do que desejamos para nós e para os outros. Eu acredito que somos capazes de formar energia positiva suficiente e capaz de operar milagres. Pronto, falei. Eu não acredito em Deus, mas acredito em milagres. Eu acredito que nossos pensamentos têm poder.
Por tudo isso, eu me assusto quando descubro que tem gente desejando o mal, querendo ver alguém se ferrar. Porque eu acho que é pelo pensamento, pelo que somos para com os outros e pelo que desejamos que nos tornamos mais humanos, acho também esse tipo de comportamento reprovável. Pensando bem, tem gente que torce para ver a desgraça alheia e vibra muito quando ela acontece (vibra por dentro; por fora, o cínico se faz de solidário) e desse tipo de gente, eu quero é distância e mantenho, mas nem sempre consigo vencê-las.
Hoje eu ouvi uma história de muito sofrimento, de uma amiga que passou por maus bocados com o marido, ausente, frio, negligente, desrespeitoso, até infantil. Ela estava grávida de gêmeos, sozinha numa cidade grande, sem família, sem ninguém com quem contar, foi a todas as consultas do pré-natal sozinha, e só não foi sozinha à maternidade porque a mãe veio para o nascimento dos netos.
Não, eu realmente não acho que alguém seja capaz de desejar isso a ela. Mas eu penso que quando eu me vi grávida, nas circunstâncias em que eu fiquei, alguém deve ter dito "bem feito! Agora ela se ferrou!". pois num é que não? E depois disso, acho que este tipo de gente não pode mais contar vitória... Não em relação à minha história! Ainda bem!
Não sou melhor, nem perfeita, nem imune a sentimentos ruins... Tenho meus momentos de ódio mortal, de inveja, de rancor... Mas eu só num deixo que eles tomem de conta da minha mente nem controlem minhas ações. Prefiro me preocupar com as minhas questões domésticas a perder meu tempo com o disse-me-disse. Levo a minha vida assim e tem me sido doce e psicologicamente saudável.
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terça-feira, 2 de junho de 2009
Carinho
Casamento é um negócio muito difícil. É preciso paciência, dedicação e muita criatividade. Mas quando se descobre o tom certo, a medida de fazer as coisas funcionarem, a vida inteira se torna colorida. Acho que nós já chegamos neste ponto. A gente ainda briga, é claro, mas a gente resolve tudo rapidinho. Tem coisas que me irritam profundamente e tem dias que eu não estou no mood conversation. Mas, mesmo assim, ele consegue me arrancar sorrisos e tornar o meu dia mais doce.
Aí, semana passada eu fui pra sampa. Não levei o laptop, não tive acesso aos meus emails, mas quando cheguei, encontrei isso aqui na minha caixa de mensagens:
Quinta-feira, 28 de maio de 2009.
Cheguei em nossa casa vazia, depois de uns chopps com amigos... só pensei nessa música... e em vc!
A uma hora dessas
por onde estará seu pensamento
Terá os pés na pedra
ou vento no cabelo?
A uma hora dessas
por onde andará seu pensamento
Dará voltas na Terra
ou no estacionamento?
Onde longe Londres Lisboa
ou na minha cama?
A uma hora dessas
por onde vagará seu pensamento
Terá os pés na areia
em pleno apartamento?
A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?
Onde longe Leme Luanda
ou na minha cama?
Amo vc, minha Morena Linda!
Volta logo: aqui tem 3 meninos com saudade...
Thi
Aí, semana passada eu fui pra sampa. Não levei o laptop, não tive acesso aos meus emails, mas quando cheguei, encontrei isso aqui na minha caixa de mensagens:
Quinta-feira, 28 de maio de 2009.
Cheguei em nossa casa vazia, depois de uns chopps com amigos... só pensei nessa música... e em vc!
A uma hora dessas
por onde estará seu pensamento
Terá os pés na pedra
ou vento no cabelo?
A uma hora dessas
por onde andará seu pensamento
Dará voltas na Terra
ou no estacionamento?
Onde longe Londres Lisboa
ou na minha cama?
A uma hora dessas
por onde vagará seu pensamento
Terá os pés na areia
em pleno apartamento?
A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?
Onde longe Leme Luanda
ou na minha cama?
Amo vc, minha Morena Linda!
Volta logo: aqui tem 3 meninos com saudade...
Thi
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