Se alguém me perguntar o que eu quero ganhar do Papai Noel, ou qual vai ser o meu pedido ao pular a sétima onda e ao devorar um prato de lentilhas, ou em que eu estarei pensando ao cuspir o último caroço da última uva ou ao fechar os olhos quando gritarem o UM da contagem regressiva da virada; eu terei a resposta mais fácil do mundo: EU SÓ QUERO SER FELIZ!
Eu sempre quis tão-somente isso: SER FE-LIZ!!! Assim, inteira, plena, serena... Não a felicidade perene e eterna do para sempre dos contos de fadas. Mas a felicidade normal, corriqueira, cotidiana, nas pequenas coisas. Eu quero ser feliz ainda que haja lágrimas e dores. Eu quero ser feliz ainda que eu sofra para chegar lá, ainda que haja um TSUNAMI (assim mesmo, em letras maiúsculas e garrafais), ainda que por um momento a vida pareça ladeira abaixo.
Eu quero ser feliz com reboliço, com friviões, com medo e até com angústia. Eu quero ser feliz na dúvida, na argumentação, na discórdia e no perigo. Eu quero ser feliz na solidão e na companhia. Eu quero ser feliz nas roupas, de pretinho básico ou vermelho esvoaçante, de minissaia ou biquini, sem nada. Eu quero ser feliz de sorrisão e de bico enjoado. Eu quero ser feliz com os olhos bem abertos e os dois pés atrás e de olhos fechados e me jogando no precipício. Eu quero ser feliz cautelosa e estabanada. Eu quero ser feliz orgulhosa de mim e triste com meus próprios sentimentos. Eu quero ser feliz com um, com dois e com três. Eu quero ser feliz advogada, mãe, mulher, esposa, estudante, amiga, filha, irmã, madrinha, cumadre, blogueira, colega. Eu SÓ quero ser feliz...
"Será que é pedir muito?"
(Roberta Sá - Belo e estranho dia para se ter alegria)
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