sábado, 24 de novembro de 2007
Indisfarçável. Quando o eco propaga no peito, repetindo o grito da tristeza, os olhos expelem apenas aquilo que não pode mais ficar contido. Explode. A bomba em dor papoca e o gosto é de uma amargura crispante. É de mágoa, é de medo, é de desespero. É dor e só. A gente acha que não é capaz de agüentar. Anti-ansiolíticos, calmantes, opióides, relaxantes musculares... Zumbi moribundo. E a dor ainda lá. Muda o foco, liga o som, álcool, drogas pesadas, sexo irresponsável, mais lágrimas e a dor ainda está lá. Desiste de lutar contra ela. Arma na mão, o projétil atravessou o crânio e acertou o porta-retrato do criado-mudo.
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