quarta-feira, 30 de junho de 2010

ALVARÁ

Aí, né, aos 45 min do 2º tempo, você consegue o alvará que permitirá você receber e financiar o apartamento que ele comprou... Aí você raspa toda a poupança para diminuir o saldo devedor e financiar o mínimo possível... Aí você saí feliz e saltitante do Fórum, com um alvará na mão, se achando a pessoa mais competente do mundo porque conseguiu isso em 5 meses... Aí você tem certeza que vai dar certo; certeza que, daqui uns 2 meses, você e os pequenos estarão lá no apê novo, com área de lazer, mais pertinho das vovós, bem mais econômico e cumprindo o plano inicial que era de sermos felizes num lugar NOSSO!

Surpresas

Joseph Climber já dizia que a vida é uma caixinha de surpresas (quem não conhece Joseph Climber, joga no google e veja os vídeos). Às vezes, surpresas chocantes e bem ruins, surpresas que viram a vida de cabeça pra baixo e deixam a sensação de sufocamento. Mas outras vezes, na maioria das vezes - no meu caso, a vida traz surpresas bem agradáveis. Um email numa terça-feira sem grandes expectativas, uma presença numa quarta-feira de manhã em que você estava atrasada para o trabalho, um abraço bem apertado de alguém que você mal conhecia... A vida é assim! A gente precisa aprender a degustar as pequenas surpresas boas e superar as ruins. Eu estou aprendendo.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Notas de esclarecimento

1. O post anterior trata de uma percepção MINHA das pessoas que me cercam, do que eu escuto ao meu redor e do que eu penso, além de ser reflexo de um momento muito particular que EU - além do Woltony - também tive o desprazer de viver.

2. Eu continuo arrecadando notas fiscais e contando com a ajuda de amigos e familiares para cobrir as despesas.

3. A percepção que as pessoas têm de mim não necessariamente condiz com aquilo que eu sou. Quem está próximo, sabe. Quem não está, continua podendo falar o que quiser, desde que saiba que o X no canto superior direito desta tela é a serventia da casa. Não vou moderar os comentários, nem fechar o blog. Ele me trouxe muito mais pessoas bacaníssimas que anônimos recalcados.

4. Eu me preocupo, sim, com a minha aparência. Infelizmente, a morte do meu marido não me fez querer ser uma pessoa descuidada e desapegada. Eu continuo querendo entrar nas roupas P.

5. Ser feliz, andar de cabeça erguida mesmo tendo vivido uma tragédia, não signfica ser esnobe. Se eu realmente fosse esnobe, não estaria arrecando NFs, não estaria aceitando a ajuda das pessoas... Também não vou tranformar um blog, cuja principal função é dividir com pessoas QUERIDAS meus momentos, em um site de arrecadação de donativos. Repito: quem está por perto, sabe.

6. Por fim, anônimo que me conhece há muito tempo, que me acha esnobe e que diz que eu ando arrotando coisas, nem preciso dizer que eu não arrotei nada. Acho que quem anda arrotando é você. Faça-me apenas um favor: NAO SE IDENTIFIQUE NUNCA. Eu não faço a menor questão de saber quem você é.

Sobre fardos

A gente assistindo e torcendo pelo Brasil na Copa do Mundo. A gente preocupado em parecer bem, se o cabelo tá brilhante e hidratado, se as unhas estão feitas, se a sombrancelha está com pelos fora do lugar. A gente preocupado com a prestação da casa e do carro. A gente preocupado com as contas no fim do mês. A gente preocupado em comprar mais bens de consumo. A gente preocupado em aproveitar a liquidação. A gente preocupado em conseguir encher o tanque, em conseguir tempo para férias, em ganhar mais dinheiro, em frequentar bons restaurantes. A gente preocupado em vender uma imagem. A gente preocupado com decoração, com quitutes, com compras. A gente preocupado com pequenos luxos burgueses. A gente preocupado com coisa pequena, com picuinha, com fofoca, com disse-me-disse, com o que vão pensar, com a vida alheia... A gente preocupado com NADA, enquanto alguém chora a morte do seu grande amor.




TRANSFORME SUAS FOTOS EM EMOTICONS PARA O MESSENGER. CLIQUE AQUI E VEJA COMO.

Notícia triste

A vida não é justa. Cada vez mais eu tenho certeza disso. Não vou ficar divagando aqui sobre fé ou religião. Não vou entrar nesse ponto. Eu só sei que a única conclusão a que eu chego é que não há lógica alguma.

A Luciana, do blog Luciana e Woltony, faleceu ontem.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Alegria futebolística

Ganheeeeeiiiiiiiii!!!!
Eu ganhei o bolão da 1ª fase da Copa aqui da empresa. Aos 45 min do 2º tempo do último jogo! Mas eu ganhei! Graninha já no bolso! uhuuuuuuuuuuuu!!!!!

Desabafo futebolístico

Ai, que joguinho mais ou menos! A gente pinta o rosto, veste verde e amarelo, bota as crianças tudo em fogo e fica com o grito de gol entalado... Ô raiva!

Tomara que seja só esse o joguinho-tocando-bola da seleção, porque Copa do Mundo é COPA DO MUNDO e ninguém vence se arrastando pelo campo.

Pronto, falei!

Eu só tenho uma coisa a dizer:

VAAAAAIIIIIII, BRASIIIIILLLLLL!!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A síndrome do pequeno príncipe

Eu tenho a síndrome do pequeno príncipe. Eu sempre me acho responsável por aqueles que cativo. O pior disso é que eu espero que a recíproca seja verdadeira e nem sempre o é. Quando alguém entra na minha vida, quando alguém se torna meu amigo, quando alguém preenche um espaço no meu coração, deve saber que é para durar, deve se preparar para me suportar. Não, eu não sou chata, eu não fico no pé, eu não exijo atenção nem presença, eu não ligo 45x por dia, nem incomodo ninguém de madrugada. Mas eu quero o mesmo querer bem, eu quero o abraço apertado nos encontros, eu quero telefonemas vezenquando pra perguntar como está, eu quero retomar as conversas como se não tivesse passado um segundo sequer.

Quando encontro amigos de longa data, eu abraço como quem ganhou a final da Copa do Mundo e eu conto a minha vida todinha, com a mesma intimidade, com a mesma abertura, como se não tivesse havido um hiato de anos. Eu sou a que preserva os amigos. Aquela para quem as pessoas ligam para saber o telefone de fulano. Aquela por quem procuram quando querem reencontrar a galera ou saber das notícias do povo. Eu mantenho meus amigos por perto. Eu preciso deles por aqui, mesmo que esse aqui seja em outro estado ou país.

Quando alguém entra na minha vida e se torna meu amigo, deve saber, portanto, que não importa em que cafundó vá se esconder, não importa quantos anos sem contato se passarão, não importa se casou com uma pessoa que me detesta, não importa se guardou mágoas de mim por qualquer motivo, não importa se me esqueceu nem se apagou meu numero da agenda; essa pessoa continuará a fazer parte da minha colcha de retalhos e, na parede da minha memória, sempre haverá um retrato dela. No momento em que precisar, eu estarei lá. Porque eu me sinto responsável sempre.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novo layout - explicações

Todo mundo já sabia na blogosfera que o blogger tava oferecendo novos layouts. Muitos dos blogueiros do meu blog-rol mudaram a cara de seus blogs. Eu nem tava preocupada com isso, mas ontem entrei no blogger para fazer umas correções de texto (detalhe: já encontrei mais erros) e estavam lá na minha página inicial muitas opções de layouts. Dei uma checada em todos. Pensei em colocar algo amarelo. Adoro a cor porque me remete imediatamente à felicidade. Contudo, esse layout me ganhou porque ele é cheio de sutilezas e metáforas. Explico. De fato, é uma janela, com gotas de chuva e a vista de um montanha com neve e céu azul. Mas vocês sacaram? Depois da tempestade, céu azul. Gotas de chuva e lágrimas (por que não?). Uma montanha inóspita e gelada como centro da visão, metáfora para os grandes desafios. É metáfora demais. Apropriado demais. Parece mesmo feito para mim. Fora isso, gostei das combinações de cores, do texto em branco no preto. Escolhido.

PS: Anônimo que me perguntou no formspring o porquê da mudança, fui convincente?

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cartas para você XV

Thi,
Foi muito bom sonhar com você. Foi bom saber que você concorda com minhas decisões nem sempre bem pensadas, nem sempre prudentes, eu diria até que elas são puro instinto na maioria dos casos. Foi bom saber que você continua perto da gente. E mais incrível ainda a sensação nítida do cafuné. Nos últimos dias a saudade tem aparecido de maneira mais evidente. Talvez seja por conta da aproximação de julho. Havia mesmo muita coisa programada pra esse mês! Os planos agora são outros e não menos sonhados que aqueles que sonhamos juntos. E, se agora eu preciso tocar minha vida sozinha, nada mais justo do que realizar também meus sonhos individuais. Julho vem trazendo isso, a concretização de sonhos que eram meus. Os nossos, que sonhamos juntos, vão ficar pra sempre no futuro do pretérito, marcados pelo SE NÃO.
Ainda dói, sabe? Muito mais que eu gostaria. Em alguns dias é difícil manter a cabeça em pé, a espinha ereta e a respiração constante. Ainda bem que, na maioria dos dias, Thi, é quase fácil, quase não dói nada. É só uma coisinha ali dentro, que não me deixa esquecer que você realmente esteve na minha vida. As pessoas que ganhei, herdei, conquistei continuam sendo o melhor de tudo. Melhor que ver a burocracia destravar, melhor que ver o mundo entrando nos eixos, melhor que perceber a poeira baixar. As pessoas, Thi, são o que há de mais valioso. A gente já sabia disso, nera? A gente sempre soube. Tenho certeza de que você ficaria impressionado com a quantidade de amor que plantou aqui. Eu acho injusto que quem colha isso tudo seja eu. Você é muito mais querido que a gente imaginava, mozinho. Muito mais! Não sei como, não sei porquê, não sei; mas as pessoas transferiram para mim e para os pequenos o carinho que tinham por você. Como se fôssemos extensão do que você era. E eu tenho que confessar que adoro tanta generosidade, amizade, carinho e admiração gratuitos.
Tenho procurado desde o janeiro trágico manter as rotinas na nossa casa. Num primeiro momento, era para proteger as pequenos de um baque muito maior do que o fato de não ter mais você por perto. Hoje eu percebo que me serviu também para sentir que meu mundo inteiro não havia ruído. Mantermo-nos no nosso lar foi bom, foi saudável. As coisas foram se acomodando nesse período. Enfim, eu consegui tirar suas coisas do armário, consegui separar o que serviria de recordação e doar tudo que era seu. Ficamos com pouco e, aos poucos, vamos nos preparando para a vida nova que nos espera no apê novo. Lá, sim, será o recomeço. Eu sei o quanto você gostaria de vê-los aproveitando os espaços, o quanto aproveitaria aquela piscina e o campinho com eles. Acho até que você estará por lá.
Sabe, Thi, é incrível perceber agora que vai dando tudo certo, as coisas entrando nos eixos, a vida seguindo seu rumo... Não importa a avalanche que aconteceu na sua vida pessoal, o mundo não vai parar para esperar você se recuperar, o mundo não vai noticiar o seu drama no Jornal Nacional, as repartições públicas não vão dar prioridade porque você carrega uma dor absurda, as pessoas não serão mais atenciosas e delicadas com você por causa disso... O mundo simplesmente cobra que se siga em frente. E até isso é bom. Porque a gente acaba se descobrindo, vendo que se é mais forte, mais maduro, mais capaz do que se imaginou. Eu me descobri depois que você se foi. Eu percebi uma fortaleza que eu desconhecia e tomei as rédeas da minha vida nas mãos. As vezes cansa, sim, tomar conta de tudo, ser responsável por tudo; mas o saldo é positivo. Eu sei que você sabe disso.
Eu nem sei poque escrevo para você, nem sei ao certo se você me lê, nem sei se você está em algum lugar por aí. Sinto você ainda muito próximo, mas não sei se é você mesmo ou se sou eu querendo permanecer com a ilusão de que você me observa e me ajuda e me guia e me instrui e me protege e me guarda e me faz cafuné até eu dormir. Eu não sei de nada dessas coisas místicas. Eu não quero pensar nisso agora. Inegável é só este amor que persiste e essa saudade que teima em não ir embora. Ouvi essa música e, mais um futuro do pretérito, cantaria:
"Onde você estiver,
Não se equeça de mim
Com quem você estiver não se esqueça de mim
Eu quero apenas estar no seu pensamento
Por um momento pensar que você pensa em mim
Onde você estiver, não se esqueça de mim
Mesmo que exista outro amor que te faça feliz
Se resta, em sua lembrança, um pouco do muito que eu te quis
Onde você estiver, não se esqueça de mim
Eu quero apenas estar no seu pensamento
Por um momento pensar que você pensa em mim
Onde você estiver, não se esqueça de mim
Quando você se lembrar não se esqueça que eu
Que eu não consigo apagar você da minha vida
Onde você estiver não se esqueça de mim
"
Amo você demais!
Moreninha

VEJA TODOS OS SEUS EMAILS DE VÁRIAS CONTAS COM UM SÓ LOGIN. CLIQUE AQUI E VEJA COMO.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Doendo

Ontem fez cinco meses. Eu não tô mais contando e também não preciso dizer que não vou a missas. Mas fez cinco meses e ainda dói. Hoje, nem sei porquê, tem doído mais. O Brasil ganhou, julho vem chegando com sonhos há muito sonhados, a vida anda tranquila, a burocracia ainda emperra as coisas, mas não é por isso que dói. Dói porque é saudade demais. E só.

domingo, 20 de junho de 2010

Sorrindo com Matheus X - Torcedor Mirim

" Mamãe! Mamãe! Mamãe! Disseram na televisão que hoje tem jogo do Brasil contra a Costa do Mcqueen, igual o do Carros!"

rsrsrsrsrsrs

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A verdade na minha vida

Eu sempre prefiro a verdade. Eu sempre prefiro deixar claro, óbvio e evidente. Eu sempre prefiro sofrer a criar um mundo imaginário e cor de rosa onde os problemas não existem. Eu encaro os problemas, eu não tenho medo deles. Eu não nego os fatos. Eu não fujo das minhas responsabilidades. É claro que me desespero. É claro que que choro e sofro quando as coisas não são como eu gostaria que fossem. Mas ainda assim, eu não fujo das surpresas infelizes que a vida traz. Eu encaro. Enfrentar a verdade traz uma série de consequencias na minha vida prática. Eu não engano nem os pequenos. Eu falo sempre o que sinto e ajo de maneira coerente. Eu posso mudar de ideia, de opinião; mas ainda assim haverá uma coerência e uma lógica. Eu tento ser racional e pragmática. Há uma simplicidade muito grande em se agir com verdade. Você não precisa fingir ser o que não é. Não é necessário nem máscara nem fantasia. Você não precisa medir as palavras. Você não precisa pensar muito, dá pra agir por impulso. E sabe o que é o melhor de tudo? Não há arrependimento algum porque foi feito exatamente o que deveria ter sido feito.


GUARDE GRATUITAMENTE SEUS ARQUIVOS NA WEB. CLIQUE AQUI E VEJA UM PASSO A PASSO.

Sobre a Copa

Eu não curto futebol, eu não assisto aos jogos, eu não tenho time do coração, eu não assisto aos comentários na ESPN nem na SPORTV. Mas eu ADORO a Copa do Mundo. Sair do trabalho cedo, poder encontrar a galera, tomar uma de leve é sempre bom. Mas eu gosto do clima, da animação, da torcida, da cidade inteira pintade de verde e amarelo. Eu gosto de me emocionar ouvindo o hino. Eu gosto de gritar até ficar rouca quando sai um gol. E olha, eu posso até não distinguir as cores dos uniformes de cada seleção, mas eu sei o que é impedimento, eu entendo o esquema tático, eu sei o que é um volante e um zagueiro. Portanto, eu posso opinar na frente da TV! Pronto, falei!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

"Um barco sem porto, sem rumo, sem vela,
cavalo sem sela,
um bicho solto, um cão sem dono, um menino, um bandido.
ÀS VEZES ME PRESERVO, NOUTRAS SUICIDO."

Poesia. Adoro as figuras utilizadas nesta canção. Eu também sou assim: às vezes, me preservo; na maioria das vezes, eu me jogo e suicídio. Pode ser que dê tudo errado, mas quando dá certo é maravilhoso. Ainda que se fique muito cansada da batalha. Muitas vezes eu fico. Ainda que doam os braços, as pernas, a cabeça. Sempre vale a pena. Ô se vale! Reforço o que disse numa postagem anterior, no auge do meu sofrimento, no muito dentro disso, eu disse que se tivesse que passar pelo que passei e se fosse obrigada a viver na dor até morrer, ainda assim, eu faria tudo exatamente como eu fiz. Nenhuma minúscula gota de arrependimento vive em mim.


VEJA TODOS OS SEUS EMAILS DE VÁRIAS CONTAS COM UM SÓ LOGIN. CLIQUE AQUI E VEJA COMO.

O dia

E, sim, chega o dia em que você precisa de um ombro, de um colo, de um cafuné. Chega o dia em que você sente não ter para quem ligar na hora que quiser. Chega o dia em que você sente falta das conversas que fluíam, de assistir filme esparramado na cama, de ficar naquele cantinho entre nuca e ombro onde só você cabia. Chega o dia em que você queria preparar um jantar romântico. Chega o dia em que só queria dormir de conchinha, ouvindo relatos do dia. Chega o dia em que tudo que mais se queria era segurar a mão e beijar o beijo que já se sabe. Um dia em que você queria abrir a porta e tornar tudo especial. Um dia em que mandaria as crianças para a casa da vovó. Um dia em que não haveria ponteiros, nem relógio, nem tempo, nem compromissos, nem fim porque seria só de vocês dois.

Terapia

Aí, você vai na terapia, depois de quinze dias (porque a terapeuta queria dar alta e você não deixou), com um mundo de coisas pra dizer e que você acha que simplesmente não vai dar tempo de. Você PRECISA contar do amigo que voltou para sua vida e de como se sentiu. Você PRECISA contar da crise psicológica e emocional disfuncional quando no hospital com o pequeno. Você PRECISA contar da gravidez da amiga de infância e da sensação de resposabilidade para com ela e com esse bebê. Você PRECISA contar dos planos para o mês de julho. Você PRECISA contar do quanto tem se sentido segura e feliz consigo mesma, com a sensação de que tudo, tudo, tudo vai dar pé. E você se embaralha nos relatos, você se perde nos assuntos, você mete os pés pelas mãos e não diz tudo. Ao final dos discursos confusos, você descobre que a próxima sessão será apenas no mês de agosto e já se imagina nos próximos dias com um caderninho na mão, anotando as pendências que precisará resolver. Sai do consultório mais leve e pensa que não falou tudo que queria, mas que falou o que mais doeu. Isso é que importa.


VEJA TODOS OS SEUS EMAILS DE VÁRIAS CONTAS COM UM SÓ LOGIN. CLIQUE AQUI E VEJA COMO.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

A ROCHA

Lá naquele dia do janeiro trágico, no dia do meu september eleven pessoal, uma das primeiras pessoas a saber da notícia foi ela. Antes mesmo de eu tomar conhecimento da tragédia, ela já arrumava uma bolsa com roupas e produtos de higiene pessoal para levar para minha casa. Quando eu cheguei em casa, arrasada, tonta, com dor de barriga e pressão baixa, ela tomou meu celular das minhas mãos, recebeu as ligações e as pessoas e enviou os documentos através do meu irmão para Sobral. E, quando todo mundo chegava para me abraçar e prestar condolências, a mão que segurava meu pulso era a dela. Quando eu olhei para aquele corpo no caixão, era a mão dela nas minhas costas. Quando eu achei que as pernas fossem fraquejar, ela me segurou. Quando eu disse que não queria mais ficar na sala de velório, ela me tirou de lá. Muitas pessoas chegaram para me dizer que o Thi tinha me escolhido porque eu era forte, porque eu era uma rocha, porque ele sabia que eu era capaz; mas a verdadeira rocha é ela. Depois daquele dia, ela não saiu mais do meu lado. É ela quem dorme comigo todas as noites e divide os afazeres com as crianças. É ela quem resolve alguns problemas burocráticos do dia a dia. É ela que me ajuda, que me apoia, que me escuta e que não julga nada, não se mete no que não deve, não intervém se não foi requisitada. Ela está lá em casa, como visita, indo buscar e deixar roupas e nunca reclama de nada, há quase 5 meses! Ela foi meu corrimão, como eu disse ontem. Ela foi minha bóia no naufrágio. Eu nem sabia o quanto ia precisar dela na vida, para a vida. Mas eu assumo que preciso, sim! Eu que sempre fui a independente, a desgarrada, a auto-suficiente; preciso dela ao meu lado. Sei que esse laço vai ter que se afrouxar, ela vai voltar lá pra mamãe, e eu vou ter que aprender a estar só comigo mesma no meu quarto, no meu banheiro, no dia a dia. Mas foi muito bom o anestésico de companhia que ela me serviu e me serve todos os dias. Acho que nunca poderei retribuir o que ela me fez. Acho que nunca conseguirei agradecer de maneira contundente e suficiente. Mas hoje, dia do aniversário dela, eu só queria repetir o quanto eu amo a mulher que ela se tornou. Sorte de quem tiver essa menina por perto. Sorte!

Parabéns, Tia Manu!



O SEU NAVEGADOR PODE TE PROTEGER DE FRAUDES NA WEB. VEJA DICAS DE INTERNET EXPLORER 8

terça-feira, 15 de junho de 2010

Atualizando

Sábado, o Matheus teve uma crise de tosse que não passou com absolutamente nada que eu tinha em casa. Tentei aerosol, tentei antitussígeno, tentei corticóide, antialérgico, mel com limão, xarope vick... Fui para o hospital com ele e o médico que atendeu prescreveu aerosol com adrenalina. Ele tomou três vezes, com intervalos de vinte minutos e, ao final do terceiro, teve uma crise tão forte, que eu morri de medo dele parar ali na minha frente. Por causa do efeito da adrenalina, ele tava suando frio, com os pés e as mãos gelados, a boca um pouco arroxeada... Eu tive as mesmas sensações do dia lá de janeiro. A mesma dor de barriga, a mesma queda de pressão, o mesmo mal-estar... Eu convivi com um médico, eu sei o que eles pensam nessas horas, sobre as mães serem escandalosas (pitiosas, no linguajar dos que conheci), mas eu não consegui controlar. Eu olhava pra minha irmã e dizia apenas que não tinha estrutura para lidar com aquilo ali sem ele por perto. Era muito mais fácil quando tinha um médico do lado, um médico em casa, um médico que também era pai. Era muito mais fácil com ele aqui, ele me acalmava e me dava a real dimensão da situação e não tinha frio na barriga nem medo nem desespero, tinha apenas segurança e tranquilidade.

Matheus ficou internado no hospital até ontem, 14/06. Já está em casa e está bem. Correndo, brincando e falante como sempre. É óbvio que com este susto o tal do dia dos namorados passou batidíssimo. Nem lembrei a data e - quer saber? - melhor assim! Problema é que ontem também foi o aniversário do papai e a gente meio que esqueceu, com essa história toda de internação e hospital e o susto... Nem deu tempo de dizer o quanto é bom contar com ele para as coisas práticas e para a vida. Porque meu pai é aquele típico pai ultra-reservado, não fala sobre sentimentos nem tem grandes demonstrações de afeto (exatamente como eu), não é de agarrar ninguém, beijar ninguém nem de dizer que ama e tal e coisa (só se estiver bêbado, o que acontece uma vez por ano). Ele é na dele. Sempre foi. Mas em pequenos gestos, ele deixa transparente o amor. Por exemplo, nos dois dias em que dormimos no hospital, ele foi lá e levou café com pão e queijo assado pra gente no café da manhã. Chegou tudo bem quentinho, queijo derretendo e tudo. Então, ele merecia, sim, uma festa e uma comemoração. Ele merecia, sim, reunir os filhos e netos e ouvir um parabéns pra você diante de um bolo bem gostoso. Parabéns, pai!

Bom, amanhã é o niver dela, da pé no chão, da que coloca tudo em perspectiva, da minha "corrimã" da escada que me tirou do poço. Amanhã é o aniversário da Manu. Mas antes disso, tem o jogo do Brasil e a gente vai torcer e gritar e pular muito logo mais.

Obrigada, gente, por virem aqui e, principalmente, por comentar!


TRANSFORME SUAS FOTOS EM EMOTICONS PARA O MESSENGER. CLIQUE AQUI E VEJA COMO.

sábado, 12 de junho de 2010

Lições de Matheus

Eu descubro cada vez mais um menino maravilhoso no meu filho.


Date: Fri, 11 Jun 2010 16:50:10 -0300
Subject: Lições de Matheus
From: aleteia
To: marcelealencar@hotmail.com

Marcele, sempre que levo o Davi à escola, adoro ver a turminha reunida e acho maravilhoso observá-los. É algo que faço constantemente. Acho lindo vê-los brincando, interagindo, divergindo e, principalmente, sorrindo, ou até gargalhando, por pequenas coisas que somente a a inocência da primeira infância permitem. Nós adultos, cercados de problemas e preocupações, muitas vezes perdemos essa capacidade de gargalhar com as coisas simples da vida. Devíamos tomá-los como exemplo. É por isso que sempre que posso fico lá, num cantinho, observando cada um. É como se tivesse a possibilidade de mergulhar naquele mundo só deles e admirar a beleza de cada uma daquelas crianças. É algo que me faz bem e revigora.

Outro dia, inclusive, quando fui buscar o Davi, entrei na sala e o Matheus me chamou. Queria me mostrar duas bonecas que segurava e tentava equilibrar uma na cabeça da outra. As bonecas sempre caíam. Matheus tentou. Davi tentou. Eu tentei. Lucca tentou. Hafiz tentou. Letícia e Gabriela tentaram. E ainda bem que ninguém conseguiu equilibrá-las, porque cada vez que que as bonecas caíam, nós também caíamos na gargalhada. E esse foi um dos melhores momentos que eu tive naquela escola, porque eu tive a oportunidade de valorizar e participar de algo singelamente especial e único. De me ver cercada pelo Davi, Matheus, Lucca, Hafiz, Letícia e Gabriela, cada um com uma gargalhada mais linda que a outra, e de captar, de absorver, todos os sentimentos bons daquelas crianças.

Porém, hoje presenciei algo ainda  mais significativo. Presenciei uma atitude. E era isso que precisava lhe contar, porque acho que nós devemos sempre escrever ou falar tudo aquilo que temos vontade e quando temos vontade, antes que se perca a oportunidade. Hoje, fui à escola com o Davi apenas para pegar o Girolê. Ele havia faltado terça, quarta e quinta com uma amigdalite. Hoje, estava quase totalmente recuperado, mas como já era sexta e para que não houvesse risco de recaída, decidi ir somente buscar a tarefa do final de semana. Cheguei na hora em que os brinquedos que eles levam, por ser sexta-feira, são distribuídos e eles têm a chance de brincar juntos e trocar os brinquedos. Enfim, fazem a festa. Como o Davi tinha levado uns dinossauros e tava morrendo de vontade de brincar com os colegas, até pra matar a saudade mesmo, demoramos um pouco antes da saída e, mais uma vez, fiquei naquele cantinho observando as crianças. Depois de um certo tempo, Mateus Logrado, que estava segurando o boneco Pernalonga de outro amiguinho, teve o tal boneco tirado de sua mão pelo dono. O seu Matheus assistiu a cena, pegou o dragão vermelho do Imaginext que tinha consigo e que acredito que era dele próprio, colocou nas mãos do Mateus Logrado e disse: "Pode brincar com esse!"

Achei brilhante. Achei maduro. Achei uma atitude digna de um grande menino que será um grande homem. E sabe o que essa atitude do seu filho me fez refletir e concluir: que se alguns adultos, que existem aos montes por aí, observassem mais as atitudes das crianças e reportassem tais atitudes para sua realidade, tomando-as como exemplo, teríamos um mundo bem mais belo e melhor de se viver. Teríamos seres humanos melhores. Teríamos corações mais puros e menos egoístas. Teríamos mais lições como a de Matheus...

Precisava dividir isso com você, até para que entendesse a frase que desde a manhã de hoje penso em dizer: PARABÉNS, MAMÃE MARCELE!

Beijão e um ótimo final de semana para você e seus pequenos.
Com carinho, Aleteia.
      
 



TRANSFORME-SE EM PERSONAGENS ENGRAÇADOS COM O SITE DE I LOVE MESSENGER. VEJA COMO.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

SE JOGA

Depois de encarar a morte de frente; depois de enxergar o quão vulnerável somos; depois de compreender que não existe futuro a longo prazo; depois de perceber que só podemos contar com o que é, com o que está presente; depois de entender, a duras penas, que a vida é sempre por um fio; depois de sentir na carne a dor de tudo que poderia ter sido e não foi e não será; se eu pudesse dar um conselho a qualquer pessoa, seria esse: VIVA! Se existir uma oportunidade, se existir uma vontade, se existir um desejo, se for importante para você, se for seu primeiro pensamento no dia, VIVA! E por mais clichê que seja: amanhã pode ser tarde demais, pode ser que não dê tempo depois. E se, no depois de viver, houver sofrimento, houver lágrimas, houver dor; o conselho é a frase que está tatuada no meu pé: "Isso também passa". E quando passar, virá a certeza de que valeu a pena!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Será?

Será que vale a pena viver a vida com uma história mal resolvida? Uma pendência? Uma inconclusão? Sem saber como teria sido? Sem saber que sim ou que não? Será que vale a pena se proteger no antes porque pode ser que haja sofrimento no depois? Será que vale a pena viver sem viver plenamente porque o medo impede de tentar? Será que vale a pena guardar as camisas antes da partida começar? Será que vale a pena evitar o mundo porque sempre se pode tropeçar e cair nos poços? Será que a gente vai deixar de viajar porque o avião pode cair? Será que a gente vai deixar de dirigir porque pode bater o carro? Será que a gente não vai mais à praia porque pode haver um tsunami? Será possível a gente se proteger de todos os riscos a que a vida nos expõe? Será, hein? Será?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Boas notícias


Então, você cresce. Cresce e consegue manter os amigos por perto. Os da época das fraldas, barbies, bicicletas e pega-pega de patins, inclusive. Você cresce e aqueles que eram do seu time quando jogavam bandeira na quadra do prédio e com quem você discutia por causa das roupas da Barbie que não queria emprestar continuam ao seu lado. Você cresce e aquelas meninas que vibraram quando você deu seu primeiro beijo, ficando toda marcada de batom, batendo dente no dente, naquele menino que jogou seu bombom na piscina continuam sendo suas amigas. Você cresce e aquela amiga que comemorou um aniversário à beira mar com um grupo de pessoas que só tinham o som do carro e algumas garrafas de bebida à disposição continua sendo uma grande amiga. As pessoas que comemoraram com você quando saiu o resultado do vestibular, as pessoas com quem você conversava até amanhecer o dia quando estava de férias, aqueles com quem assistiu à Copa de 98 com uniformes exatamente iguais, aqueles amigos continuam sendo amigos.

A gente cresce e descobre que a primeira amiga a quem você contou que estava grávida também está grávida. Você percebe que ela passa por uma situação parecida com a que você passou anos atrás, quando engravidou sem querer, e sabe que isso é motivo de felicidade, ainda que seja atribulada a situação. Sabe que um filho é uma força avassaladora e fica feliz demais porque sua amiga-irmã também vai viver essa experiência. Você sabe que é de se comemorar, que é de abrir sorrisão, é de colocar tudo sob uma nova perspectiva. Você sabe que ter um filho muda tudo e fica feliz por ver a mágica acontecer com alguém tão perto.

Você foi a primeira, ela é a segunda do grupo. Você leva a amiga no seu obstetra e se emociona ao ver aquela coisinha de 3 cm com o coração batendo acelerado e se esticando dentro da barriga da mãe. E sabe qual é o principal motivo de comemoração? Os filhos terão a mesma diferença de idade que você e ela e o combinado sempre foi esse: nossos filhos serão amigos. E serão, sim, viu? Sem dúvida!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desabafando

Você passou pelo pior momento da vida amparada por um mundo de gente do bem: gente sua, gente herdada, gente que se sensibilizou com a história, gente que tem filho amiguinho do seu, gente que é solidário, gente que se identificou com a sua força, muita gente. Você esteve lá, no fundo do poço, com um lençol percal 200 fios humano aquecendo e dando muitos motivos para sorrir e compensações e esperança e certezas. Você sobreviveu ao naufrágio, salvando os pequenos, e teve gente jogando bóia, ajudando a remar, ensinando a fazer um tipo de respiração que cansa menos, mandando SOS para os ares, saindo da praia com bote para resgatar... Você esteve lá, no seu pior momento da vida, no seu fundo do poço, com a sensação de que estava afundando na areia movediça, perdendo o fôlego, cansando os braços de tanto nadar e, por mais que tenha tido muita gente ao seu redor, por mais que seja infinitamente agradecida a todo mundo, por mais que saiba que pode contar com muita gente querida, você sabe que sentiu falta de uma pessoa especificamente. Você sabe que sentiu falta de uma pessoa que segurava sua mão e enxugava suas lágrimas, uma pessoa que sabia de todos os seus podres e com quem você dividia muitos sorrisos, uma pessoa para quem você podia ligar a qualquer hora para dizer qualquer coisa, uma pessoa com quem você tinha uma ligação de alma, uma pessoa que esteve com você em muitos domingos deprimidos, em muitas mesas de bares, em muitas danças em cima de mesa em festas, em muitos momentos, uma pessoa com quem se acreditava existir uma relação transcendental. Você sabe que sentiu falta DESSA pessoa e que ela entrou no rol daqueles que caem fora, daqueles que fogem, daqueles que não conseguem enfrentar. Ela entrou no rol de covardes e frouxos. Rol de "amigos", entre aspas, porque é o amigo que depende do momento, depende de pra quê, por quê e como. Essa pessoa de quem você sentiu falta não esteve. Sim, prestou condolências, disse que sentia muito, mas não esteve, não segurou a mão, não enxugou as lágrimas, não se fez presente, não perguntou se precisava de algo, não ligou pra fazer sorrir, não ligou pra perguntar dos meninos. Não. Nada. Nunca.

Depois que você consegue se equilibrar, depois que você parou de chorar, depois que a vista deixou de ser turva, depois que o peso da dor saiu dos ombros, depois que a cabeça se ergueu, depois que a respiração voltou a ser profunda, depois que você aprendeu a seguir a vida, depois da sensação de chegar à praia, de sair do poço; você tem a oportunidade de dizer para essa pessoa o que ficou entalado e machucando durante o pior momento da sua vida. E disse: "Eu te perdoaria por deixar de ser meu amigo. Eu te perdoaria por estar longe de mim. Eu te perdoaria por não ter sido convidada para o seu casamento e ainda assim te convidaria para o meu, que seria no próximo dia 10/07. Eu te perdoaria e até entenderia se a gente nunca pudesse se encontrar, nem aqui nem aí. Eu te perdoaria se precisasse ser frio e não pudesse se aproximar demais. Eu te perdoaria tudo que já fez. Mas eu nunca vou conseguir te perdoar por não ter sido meu amigo quando eu mais precisei". E chorei todas as lágrimas lacradas dentro de mim, chorei sonoramente, até faltar o ar, até secar a mágoa. Eu chorei e desabafei para quem de direito. E fim.

sábado, 5 de junho de 2010

Constatação

Um dia, a gente acorda e percebe que não há mais aquela dor que sufocava, nem aquele peso no de dentro que explodia em lágrimas, nem aquilo que dobrava os ombros e baixava a cabeça.

Um dia, a gente acorda e se dá conta de que está com ânimo e com vontade de viver, que tem mil planos e coisas boas a fazer, que tem a vida inteira pela frente e inúmeros motivos para sorrir.

Um dia, a gente acorda e já não sente mais vontade de ficar reclusa, escondida, arrastando correntes, chorando baixinho de madrugada escondida no banheiro. A gente se olha no espelho e se acha interessante de novo, bonita de novo, querida de novo e acha que merece.

Um dia, sem saber como aconteceu, a gente percebe que a metáfora do ano novo não foi apenas uma metáfora, mas que aconteceu mesmo na vida. E aí, como se ano tivesse realmente virado, a vida começa a te trazer surpresas agradáveis, reencontros e oportunidades nunca antes na história vistos.

Então, com um ano novo, com oportunidades e sonhos, com projetos e reencontros, com planos e realizações, você cai em si e se vê feliz. E sorri diante da constatação que lhe parecia absurda há alguns meses. E sorri diante da certeza de que é só o começo do lado ascendente da parábola. E sorri.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SATC

Sex and the city 2 - recomendadíssimo. Boas risadas, leve, jeito de comédia romântica e luz sobre temas femininos importantes. A-DO-REI!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Nos poços" de Caio F.

Primeiro você cai num poço. Mas não é ruim cair num poço assim de repente? No começo é. Mas você logo começa a curtir as pedras do poço. O limo do poço. A umidade do poço. A água do poço. A terra do poço. O cheiro do poço. O poço do poço. Mas não é ruim a gente ir entrando nos poços dos poços sem fim? A gente não sente medo? A gente sente um pouco de medo mas não dói. A gente não morre? A gente morre um pouco em cada poço. E não dói? Morrer não dói. Morrer é entrar noutra. E depois: no fundo do poço do poço do poço do poço você vai descobrir quê.

É isso, Caio. Quando a gente cai no poço, parece que a gente se perde do mundo mesmo, que está se equilibrando em uma corda bamba sem rede de proteção, parece que todas as coisas que tínhamos por certas estão afundando na areia movediça ao nosso redor... Com o tempo, a gente vai se acostumando às coisas do poço e encontrando outros motivos e recompensas e, de repente, quando a gente acha que não vai ser capaz de sair dele, a gente descobre quê. Sim, é possível ser catapultado de volta. Eu sou testemunha! Saí do poço, sobrevivi ao naufrágio e não morri na praia. E eu ainda vou repetir o quanto serei feliz.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Conceito

Felicidade não é não ter problema algum. Felicidade não é não ter contas a pagar, não ter com o que se preocupar, não ter motivos para chorar. Felicidade não é ter um vida tranquila e feliz, sem sobressaltos, sem solavancos, sem dor. Felicidade não é isso. Acho que por isso mesmo tem tanta gente infeliz, deprimida, entupindo consultórios. Felicidade é ter sonhos, é ter planos e projetos, é ter perspectiva, expectativa, esperança no futuro. Felicidade é ter tudo isso e poder, em algum momento da vida, realizar. E não falo que é necessário realizar tudo que se sonhou ou desejou. Também não significa realizar sem esforço, sem suor, sem dor. Felicidade é realizar o sonho, um, alguns ou a maioria deles. Felicidade é poder compartilhar com o melhor amigo, alguns amigos ou a maioria deles. Felicidade é VIVER.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Grey's Anatomy

Ontem eu assisti ao episódio final da temporada de Grey's Anatomy. Não sei se todo mundo assiste, mas eu sou fã da série. Ontem, porém, o negóciopareceu-me feito pra me massacrar. Eu chorei de ficar com os olhos inchados, chorei de faltar o ar, chorei de não conseguir ler as legendas (ainda bem que meu inglês dá um caldo)... O episódio foi daqueles de fazer parar o coração, muito emocionante mesmo, mas me tocou profundamente por uma série de cenas que se concatenaram à minha vida pessoal. Chorei por imaginar que eu não estive perto dele no momento exato em que ele se foi e na hora da nossa morte deve ser bom ter uma mão na mão. Chorei na cena em que Meredith vê o marido, pai do filho que ela acabara de descobrir que estava carregando, levar um tiro e ter todo o sonho de uma vida atacado pelas mãos de um louco. Chorei quando ela perdeu o bebê dentro do Centro Cirúrgico, salvando um companheiro. Eu chorei as emoções da série e as minhas. Eu derramei mais um montão de lágrimas depois das duas horas em frente à TV. E ainda agora, sinto as coisas remexendo dentro de mim.

______________________________________________________________________


Muito obrigada às pessoas que responderam de onde me leem. Tão bom ver que tem gente por aí torcendo por mim e pelos pequenos! Beijos, queridos leitores todos!


POR DIA 63.912 COMPUTADORES SÃO INFECTADOS POR VÍRUS. LEIA DICAS DE SEGURANÇA.