quarta-feira, 28 de novembro de 2007

10 coisas

1- Eu era o averso do que se chama MATERNAL. Achava qualquer criança bonitinha, mas lá bem longe, sem chorar... Até o dia em que escolhi ser mãe. Virei de pernas pro ar tudo que eu tinha de certeza na vida e agora eu só penso em mais filhos. Coisa mais linda!

2- Eu adoro livros. Quer me dar alguma coisa? Compre um livro! Certeza de que lerei, certeza de que não errou no presente.

3- Odeio serviços domésticos. Não é uma coisa de que não goste, é ódio mesmo. Ô, por favor, não me peça pra lavar a louça, não!

4- Eu sou desorganizada, mas eu me acho na minha bagunça. É sério! Meu marido se estressa, mas eu não consigo colocar todas as coisas em seus devidos lugares, principalmente as que eu uso cotidianamente. Mas se eu vou já já precisar delas, pra que guardá-las???

5- Eu sou viciada em Coca-cola. Se pudesse, trocaria a água do gelágua por um garrafão de coca-cola 20L.

6- Tenho compulsão por compras e isso, querido, é herança genética, é de família... Sabe quando todas as promoções da cidade são im-per-dí-veis! Pois é, eu sou a que está na porta da loja!

7- Eu adoro bailes! De casamento, de formatura, de quinze anos... Adoro festas em que somos obrigados a usar longos. Chique de doer!

8- Eu sou aglomeradora. Sabe aquela pessoa pra quem os outros ligam pra saber de fulano, sicrano, beltrano? Não que eu seja o centro da fofoca, mas é que eu tento ao máximo manter contato com as amizades que construí na vida.

9- Eu planejo meu velório. É mórbido, eu sei, mas eu quero que seja uma coisa bem alegre e quero muuuuiiiita gente.

10- Eu escrevo (geralmente) certo em português e admiro as pessoas que o fazem também.

sábado, 24 de novembro de 2007

Zélia Duncan - Partir Andar Herbert Vianna
Partir andar, eis que chega
Essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Dinheiros, grades ou palavras
Partir Andar, Eis que chega
Não há como deter a alvorada
Pra dizer, um bilhete sobre a mesa
Para se mandar, o pé na estrada
Tantas mentiras e no fim
Faltava só uma palavra
Faltava quase sempre um sim
Agora já não falta nada
Eu não quis, te fazer infeliz
Não quis.... Por tanto não querer, talvez fiz...
Partir andar, eis que chega
Essa velha hora tão sonhada
Nas noites de velas acesas
No clarear da madrugada
Só uma estrela anunciando o fim
Sobre o mar sobre a calçada
E nada mais te prende aqui
Agora já não falta nada...
Não falta nada...
Indisfarçável. Quando o eco propaga no peito, repetindo o grito da tristeza, os olhos expelem apenas aquilo que não pode mais ficar contido. Explode. A bomba em dor papoca e o gosto é de uma amargura crispante. É de mágoa, é de medo, é de desespero. É dor e só. A gente acha que não é capaz de agüentar. Anti-ansiolíticos, calmantes, opióides, relaxantes musculares... Zumbi moribundo. E a dor ainda lá. Muda o foco, liga o som, álcool, drogas pesadas, sexo irresponsável, mais lágrimas e a dor ainda está lá. Desiste de lutar contra ela. Arma na mão, o projétil atravessou o crânio e acertou o porta-retrato do criado-mudo.