domingo, 31 de janeiro de 2010

Do Orkut

Sorte de hoje: Sorria. Isso basta.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Luto

A vida fica meio suspensa quando uma tragédia ocorre. É muito difícil entrar no ritmo, fazer as coisas que se fazia com frequencia. Até sorrir dói, porque era com aquela pessoa que agora falta que você sorria os mais verdadeiros sorrisos. Não dá pra sair, não dá nem pra jantar fora, porque era com aquela pessoa que você dividia os melhores pratos. Não dá pra pensar em viajar, nem em desopilar, porque era naquele ombro que você descansava da monotonia da vida e sonhava um pouquinho com o futuro bom e feliz que teriam.

Não dá pra viver direito desde o dia 20. Não dá pra respirar fundo, não dá pra ver o céu azul, não dá pra sentir a brisa, não dá pra rolar no chão com os pequenos, não dá pra gargalhar, não dá pra sentir alívio nem prazer algum. Não dá nem pra ser eu mesma. O aperto no peito, a contração nos ombros, um peso enorme nas costas, uma vontade constante de chorar, o vazio no lado direito da cama me impedem.

Eu continuo lutando, juntando os pedaços de mim destroçados como ficou o carro após a batida. Cato meus farelos, junto meus cacos, seco minhas lágrimas no lençol que você usou na última noite em casa, olho as suas roupas penduradas no armário e beijo a aliança pendurada no meu pescoço, busco sua voz e seu sorriso na minha mente e olho pra frente, pro futuro, pro lá longe em que não vai doer a ponto de revirar meu estômago. Eu vou em frente me arrastando, eu vou em frente quase esmorecendo, mas eu vou...

SUFOCANDO

Cópias. Autenticações. Certidões. Reconhecimento de firma. Documentos. Provas. Leis. Burocracia. Dívidas. Seguros. Indenizações. Pensão por morte. INSS. Bloqueios. Doações.

Dor, dor, dor...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Missão

Eu vou imitar a Cristina Guerra do blog "Para Francisco" (link ao lado). Eu vou imitar para não esquecer. Eu vou imitar para que eles também conheçam o pai maravilhoso que tiveram. Eu vou imitar pra contar aqui a história de um amor incrível, que cresceu num ambiente hostil, que superou tanta coisa e que sobreviverá para sempre. Eu vou imitar para que vocês, meus pequenos, meus meninos, revivam essa história de amor (e de dor). Para que vocês reconheçam a felicidade quando se depararem com ela; para que vocês reconheçam o amor quando ele se imiscuir no peito; para que vocês saibam, como soubemos, o pai de vocês e eu, que era para ser para sempre...

Latejante

Quando alguém morre deixa sempre um vazio, um espaço em branco, uma frase reticente, um aperto no peito, uma saudade doída. Quando alguém morre de maneira trágica e inesperada, deixa aqui sonhos não concretizados, projetos no meio do caminho, tanta coisa por fazer, uma vida inteira que podia ter sido e não foi... Mas a morte que se abateu sobre mim este dias levou-me muito mais. Levou sonhos, projetos de vida, levou um profissional que daria certo, uma pessoa de bem, um amigão, uma excelente companhia pra qualquer conversa, levou um grande coração, um ser humano generoso e dedicado, me levou o pai apaixonado dos meus filhos e me levou também o grande amor da minha vida.

Não é certo eu acordar sentindo falta do abraço acalorado de todas as manhãs e ir dormir sonhando com o ombro em que eu me encaixava e do cafuné que embaraçava o meu cabelo. Não é certo eu acordar antes do mundo todo esperando ouvi-lo dizer "acorda, bicho preguiça!'. Não é certo eu sentir o peso do braço dele sobre mim, me abraçando a noite inteira. Não é certo eu abrir os olhos já em lágrimas de saudade. Não é certo eu sentir esse vazio infinito, essa dor que lateja e me dobra, essa vontade de gritar, esse anseio louco para que a porta se abra e eu escute a sua voz num boa tarde. Não é certo. Não é justo. Mas ninguém prometeu que seria.

Mas eu posso me sentir lisonjeada por ter vivido esse amor e porque ele cantaria pra mim:

"Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor
Nos invadiu.
Com ela veio a paz, toda beleza de sentir
Que para sempre uma estrela vai dizer
Simplesmente amo você.

Meu amor,
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei

Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei

Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor nos invadiu.
Então
Veio a certeza de amar você..."


(Céu De Santo Amaro
Caetano Veloso
Composição: Flávio Venturini / Arranjo: Johann Sebastian Bach)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Relicário de um imenso amor

Qualquer coisa que seja dita hoje, qualquer palavra humana será ainda muito pouco para falar do Thiago. Será pouco porque ele era infinitamente maior que tudo isso, ele era melhor, ele era mais e ele era só amor. Amor pela família, pelos amigos, pelos pacientes, pelo trabalho, pela vida. Ele era o filho que toda mãe queria ter, ele era o aluno mais dedicado, ele era o estudante disciplinado, ele era o ser humano solidário, ele era ombro, ouvido, mão amiga, ele era o melhor namorado, o genro que minha mãe sempre quis, um marido dedicado, um pai incrivelmente apaixonado, um profissional carismático...

Uma vez eu escrevi que o Thomás era a criatura mais doce que eu conhecia, e hoje eu vejo que eu estava enganada. A criatura mais doce que eu conheci foi o Thiago, o meu Thi, o mozinho, o bebeim. Ele tinha um sorriso estampado no rosto e sempre um SIM como resposta. Ele tinha força de vontade e brilho no olhar. Ele fazia a gente acreditar na vida, no homem e no futuro melhor. Ele tinha garra, ele tinha paixão, ele tinha vontade e ele tentava abarcar o mundo com as pernas, ele fazia do tempo um elástico em que ele podia realizar tudo o que quisesse e tudo com perfeição.

Pode parecer demasiado piegas neste momento afirmar que ele foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Mas a verdade é que foi com o Thiago que eu cheguei mais próximo do meu ideal de felicidade, foi com ele que sorri os meus mais sinceros sorrisos, foi com ele que construí meus sonhos mais palpáveis, foi com ele que fiz os planos mais concretos, foi com ele que eu desejei passar a vida toda, foi com ele que me encantei pela rotina, foi com ele que me tornei múltipla, foi com ele que acreditei que um grande amor pode dar certo para sempre, foi ele que me fez confiar de novo no outro, foi ele que me fez imaginar a velhice acompanhada, foi com ele que supus ter tudo que sempre quis e encontrado o meu lugar. Ele me fez crer que era pra sempre... Agora será.

Desde a última quarta-feira, uma música de versos tristes que a cantora favorita do Thi canta se repete na minha cabeça: “É tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe, pois sem você meu mundo é diferente, a minha alegria é triste. Tantas vezes você disse que me amava tanto, tantas vezes eu enxuguei o seu pranto e agora eu choro só sem ter você aqui”.

Diante da terrível dor da perda, tudo mais se torna incrivelmente minúsculo, supérfluo, perecível. A sensação de impotência, de incapacidade, de sufocamento e de cansaço é inevitável. Mas quando penso que a dor vai me consumir, eu me lembro da vitalidade, da objetividade e de uma palavra que ele gostava muito de dizer pra mim: RESOLUTIVIDADE. Não adianta neste momento andarmos em círculos à procura de porquês. Não tem porquê, não tem resposta, não tem razão, não é compreensível. Não tem nada que aquiete nosso coração e não há remédio que diminua a nossa dor. Mas eu sei que ele me diria para nesse momento procurar uma solução e a que eu encontrei foi seguir em frente, um passo de cada vez, inspirando e expirando até que não lateje mais. Olhar os olhos dos meus filhos é compreender claramente porque preciso me manter de pé, não me permitir me abater.

Thi, sua moreninha, seu grandão e seu gorducho estão com um vazio gigantesco no peito, mas dentro em breve nossos sorrisos retornarão às nossas faces para homenagear e para reverenciar o exemplo do que há de melhor em um homem que tivemos em nosso lar.

domingo, 24 de janeiro de 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dividindo


Fui convidade e hoje tomo posse como Secretária Geral da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-CE.

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Eu quero 30 horas

Sim, é necessário. Eu preciso de mais tempo para organizar as coisas do casamento, brincar com as crianças, trabalhar, fazer corrida e dormir. Meu dia de 24 horas não tá dando conta do número de atividades que eu preciso desenrolar. Salvai-me!


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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estresse

Há poucas coisas que me tiram do sério. Uma delas atende pelo nome de "ambiente corporativo".
 
Eu gosto de trabalhar com o que trabalho, acho que encontrei meu lugar no meio jurídico, estudo o assunto como se estivesse lendo CARAS. Acho também que sou minimamente reconhecida (mais externamente que na propria empresa) e, embora o salário não seja lá grandes coisas, paga o feijão com arroz. Mas convenhamos que ambiente de trabalho é um lugar chato pra cacete, cheio de egos inflamados e de gente com inveja de qualquer mérito que você alcance, qualquer privilégiozinho é motivo de discussões...
 
Assim depois que me tiraram orkut, twitter, MSN, páginas de notícias, bancos e blog, eles resolveram também vigiar meu horário de trabalho e cobrar relatórios. Eu, pessoa criada e educada para ser profissional autônomo, sem esse tipo de subordinação, fico com um sapo entalando na garganta sem descer. Vontade grande de virar a mesa e sair cantarolando.
 


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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Esperança

Um ano novinho em folha. Um ano bebê com muitos séculos de história para absorver. Uma página em braco pra escrever a história que quiser (que eu quiser). Um conjunto vazio aguardando dias, meses, eventos e fatos para lhe preencher.
 
O ano novo enche meu coração de esperança; me faz cantarolar mentalmente "daqui pra frente, tudo vai ser diferente"; me faz discordar com uma quase convicção da frase do Caio F. plublicada aqui dias atrás. O ano novo me move, me dá ânimo, me faz olhar para frente com alegria.
 
O ano novo me devolve a crença na (minha) vida feliz e faz meu coração palpitar diante da perspectiva de escolha dO VESTIDO. A peregrinação começa hoje!


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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

2010


É um disfarce, é uma máscara, é proibido, falam em pecado, apontam o dedo, jogam pedras, chicoteiam, escorraçam, maldizem, não entendem, não aceitam, discriminam, profanam... Ainda assim, é evidente, é estampado no olho, é delicioso, é sublime, é o paraíso, é sonho de consumo, é pedra preciosa, delicioso martírio, padecer no paraíso, abre todas as portas, dizem e querem, entendem e desejam, anseiam e prometem...
 
É contradição, é maldição, é empurrar pra fora e puxar pra si, é sair correndo e segurar a mão, é fugir de medo e pedir pra ficar, é querer esquecer e lembrar a cada inspirar, é desejar que acabe de uma vez e querer que dure para sempre, é achar ilusão e querer eterno, é pensar somente no agora e fazer plano pra vida inteira, é desejar furtivo e se fazer perene...
 
Por isto, o mundo gira. Por isto, a vida vale a pena ser vivida. Por isto, Feliz 2010!
 
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Copiando Zeca Baleiro (Crônica publicada na ISTOÉ de 6/Jan/2010):
 
"Nesta época de salamaleques e virada de ano, quero desejar a todos um ano menos febril, no sentido veloz-cotidano da palavra, e mais febril, no sentido apaixonado que ela carrega"


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