Pilhas de papéis se amontoam na desorganização da mesa de trabalho. A maior parte deles termina no lixeiro azul do lado esquerdo. Dezenas de emails abarrotam a caixa de mensagens; spams, muitos deles, cursos e palestras, outros tantos. Uma grande parte termina com o dedo indicador no delete. Para os outros, um simples oquei.
É tudo para antes de ontem. Correndo sempre porque está tudo atrasado. Pula-se da cama, tá em cima da hora, engole o pão com manteiga e bebe um golinho de café ralo, meio amargo, pisa fundo no acelerador, passa correndo o sinal amarelo, chega esbaforida, descabelada, desarrumada, um pouco suada, dez minutos atrasada, mas chega.
Abre agenda, organiza os papéis, responde e/ou deleta emails, a cada tarefa riscada dos afazeres anotados na agenda, outras cinco são acrescentadas... E, nesse corre-corre, assim mesmo, sem ver o sol ou curtir a brisa, assim, como num piscar de olhos, vão-se todas as horas de um belo dia de sol, de 28°c, de brisa constante do oceano atlântico, na capital do Ceará.
Não come direito, não bebe os 2 litros de água, não curte o bebê que gerou, não dá tempo de ler o que se programou, não dá pra assistir aos filmes que alugou, não dá pra visitar blogueiros amigos (tantos causos interessantes...). Não vive.
"Todo dia ela faz tudo sempre igual" e a vida pára na sua frente, repentinamente, lasca o dedo na cara dela e pergunta: até quando?
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