Ela me contou baixinho e em segredo que não conseguia entender porque sentia aquilo tudo quando se tratava dele. Sabia que queria correr para longe dessa história, que era caótico demais, que era pesado, e sabia que não era fácil lidar com tanta coisa. Ao mesmo tempo, ela se sentia tão ligada a ele, tão próxima, tão companheira. Sentia que só ela era capaz de entender o que ele sentia, que só ela perceberia aquilo tudo que ele guardava dentro de si e mais ninguém. Ela queria tanto ter ele mais perto, ser dele, viver com ele que esquecia até de si mesma, das limitações, dos problemas que tinha que resolver dentro de si também. Ela confundiu tudo com ele, se projetou nele, esperou por ele e fez esse amor surgir como uma missão, como uma tarefa, como que salvação, como final feliz.
Ah, minha amiga, não sei porque a gente tem mania de achar que será capaz de mudar o que não muda; de salvar o que já foi destruído; de fazer diferença quando já nem importa mais... Não sei porque a gente acredita nesse amor-fênix! Não sei porque a gente insiste em bater na porta se não tem ninguém para abri-la para gente. Não adianta nada eu dizer para você desistir, porque a gente não tem poder nenhum sobre o coração. Mas reconhecer a derrota também é atitude dos bravos e valentes. Quando tudo que podia ser feito foi feito, o que resta é não fazer mais nada, já disse a Clarice.
4 comentários:
é amiga, não adianta dar murro em ponta de faca...melhor partir pra outra; eu que o diga!
nara
:~~
lindo demais, curu. você sabe o quanto.
beijo grande!
tá no reino.
E a parte do "ela não desiste nunca"?????????????
Isso define VOCÊ!!! Não ele, não sua amiga, não o "ele" da sua amiga... você!!!
Não desista! Não se derrote! Se preciso for, tire o time de campo... mas só durante o intervalo, está bem?
Bjos e bençãos
Mirys - www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com
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