quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Fugindo

O desafio imediato é fugir do Dia dos Pais, é entreter as crianças com outra coisa que não a TV, que parece rodar monotemática. Nem para a escola eles estão indo essa semana para que não participem dos preparativos, dos ensaios, das manifestações pelo dia. Não quero, de jeito nenhum, em hipótese alguma, apagar da memória deles o pai maravilhoso que tiveram, o pai apaixonado por eles, o pai que rolava no chão e que matava de cosquinhas, que colocava pra dormir cantando, que os beijava com amor, que realizava os desejos, que era só coração... O que eu não quero é avivar essa ausência tão dolorida para todo mundo. O que eu não quero é que eles sintam de novo que não têm mais o pai aqui. O que eu não quero é responder de novo aquelas perguntas que eu sei que o Matheus faria. O que eu não quero é vê-lo chorar de novo. Melhor, não. Ainda é muito recente. Ainda dói demais em todo mundo. Ainda não dá, como não deu o Dia das Mães. Melhor passar à francesa pela data. Semana que vem o mundo volta ao normal.

6 comentários:

Tay Assis disse...

Imagino que seja mesmo muito difícil,mais é melhor deixar a dor quietinha lá no canto dela.Faz isso sim,a vida só voltar ao normal semana q vem.
Bj e fique bem
Tay

Anônimo disse...

Vc está certa, realmente é uma dor tremenda. Mas a melhor coisa q faz é distraí-los, desviar a atenção deste tema, será melhor para eles.

Renato disse...

Entendo você perfeitamente...
sinto o mesmo vácuo diariamente, num eterno efeito borboleta...

"Saudade é a presença da ausência."

Izabel disse...

Você está certíssima...tudo ainda é muito recente...,e quanto mais se toca em feridas não cicatrizadas,mas elas voltam a doer forte.
Quanto mais o tempo passa...mais te admiro,e entendo porque era tão apaixonado o meu amigo...
Tudo vai passar!
Meu grande bjo no coração!
Luz e paz!!!

Unknown disse...

Sei bem o que é isso. E vc está certíssima !!! Acredite !!! É doloroso d+ !!!!

Unknown disse...

Faz uns 20 anos que eu me escondo. Acredito que a gente tem que dar a cara para as dores inevitáveis. as evitáveis, como o nome diz, tem sim que ser evitadas. Beijo!