Não é todo mundo, não é para todos, não é um evento aberto ao público. Tem gente que vive em franca exposição, tem gente que não sabe dizer não e impor limites, tem gente que se torna melhor amigo em segundos. Eu não. Não consigo, não dá. Por mais que aqui e nas redes sociais haja um certo descortinamento da minha vida, em todos estes casos, é visto apenas aquilo que eu quero que vejam. Na rotina, no fringir dos ovos, eu elejo ou sou eleita. E a minha vida privada é dividida com alguns.
Uma vez me disseram que ler o blog é como ver fotos de uma viagem. Não se sabe realmente o que foi feito, não se sabe exatamente da emoção, não se sabe se o pé doía, se houve uma situação engraçada, se se saía de um restaurante ou de uma balada, não se sabe o motivo daquela risada tão gostosa, não se sabe dos detalhes. Cada texto do blog é uma foto de alguns momentos meus, é um aprisionamento de alguns sentimentos, é a eternização de uma situação. As histórias de verdade, as histórias que motivam a foto, o que há por trás, só alguns sabem.
Estes que sabem são as minhas pessoas, a minha tribo, aqueles com quem divido... Não são muitos e são muito queridos, com eles eu sinto a síndrome do pequeno príncipe, eu quero sempre mais perto, as conversas nunca são suficientes para matar o assunto todo, o tempo nunca é suficiente para matar a saudade que se sente, e a vida toda não será suficiente para mostrar o carinho e a gratidão que sinto. Enfim, não é todo mundo, não é para todos, não é um evento aberto ao público.
PS: Dea e Saboia, nem preciso dizer que vocês estão no grupo, né? Parabéns pelo primeiro aniversário de casamento. Sejam muito, muito, muito mais felizes! Tipo assim, no limite máximo possível!
5 comentários:
Oi!
Entendo perfeitamente o que você colocou aqui,não é porque comentam em nosso blog que temos que virar 'amigos de infância' de todo mundo.
Já passei por algumas decepções com amigos virtuais da mesma forma que os reais.Hoje aprendi a escolher.
Sigo te lendo pois achei sua história de vida um exemplo.Você passou por um furacão emocional e seguiu em frente com muita dignidade e coragem.
Quantas não teriam se entregue?
Desejo toda sorte do mundo a ti,pois vejo que és batalhadora e uma mãe admirável.
Desejo também que um dia,quando as feridas pararem de sangrar e se cicatrizarem,possa viver um outro amor,tão belo quanto o que passou.
Até mais
Accácia
Tava com saudades de ler os textos de minha escrotora predileta!
Obrigada, Marcello! Obrigada, Accacia, pela presença constante!
Ai, que lindo... não tinha lido ainda... Te amamos e desejamos tudo em dobro pra ti!!!!
Ah, desculpa aquela ligação melancólica de dois bêbados... é que a saudade apertou demais naquele dia!
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