domingo, 4 de fevereiro de 2007

My best friend's wedding



Tenho uma verdadeira adoração pelo filme "O casamento do meu melhor amigo". Certamente, é um dos meus favoritos. Não só por causa da trilha sonora, que, note-se, é "felomenal". É bem mais porque há uma impatia inata com a série de comportamentos traçados. São todos comuns e plenamente HUMANOS.
O ciúme desvairado da Julia Roberts, totalmente crível e factível, que faz ela entrar numa guerra sem um pingo de ética contra a noiva "perfeita", que canta mal, é uma amélia, mas é completamente alucinada pelo tal do melhor amigo é o cerne do filme. A série de atitudes "sem noção" que ela (a amiga) toma, tentando a todo custo minar a relação dos noivos, fazer com que eles briguem ou que, no mínimo, ele perceba como e quanto combina com ela é tão real que eu chego a pensar que eu faria o mesmo. Ela fez com que a noiva forçasse o noivo a trabalhar na empresa do pai dela (da noiva), sabendo que ele detestaria a proposta; forjou um email supostamente escrito pelo pai da noiva pedindo que o chefe do noivo o demitisse; se declarou de maneira clara e direta, com um beijo apaixonado no DIA DO CASAMENTO e na frente da noiva... Uma série de atitudes que culminam com a percepção de que é sem solução.
Sim, ele amou esta amiga por anos. Sim, eles combinaram que se casariam caso não casassem. Sim, eles são super parecidos, têm muito em comum, viveram inúmeras histórias incríveis juntos, conhecem um ao outro tanto quanto conhecem a si mesmos, têm uma história de vida linda juntos, se adoram, mas... É só isso. Em muitos momentos, a gente torce pra que eles terminem juntos, mas no fundo, no fundo, a gente sabe que ele deve ficar com a Kim, porque ela é a mulher de que ele precisa. Só ela abriria mão de sua carreira, de sua vida, de sua família, de sua história pra viver a vida dele, segui-lo em seus projetos profissionais, abdicando de seus próprios anseios. Só ela. Para Jully (a amiga), isto seria um sacrifício por demais pesaroso. Para Kim, a vida não tem sentido sem ele. Para Jully, a vida tem tantas possibilidades...
E tem mais. Jully e seu best friend with benefits tiveram nove anos de história e, nesse tempo, ela viveu com medo de se entregar, de precisar dele, de não conseguir mais viver sem, viveu de quase... Perdeu, amiga! Seu tempo passou! Sim, no final, ela acaba sendo mesmo a madrinha do casamento dos dois e dedicando a linda canção da história de amor que viveu com o melhor amigo aos noivos, ei-la:
"Someday
when I'm awfully low
when the world is cold
I will feel a glow
just thinking of you
and the way you look tonight
But you're lovely
with your smile so warm
and your cheeks so soft
there's nothing for me
but to love you
just the way you look tonight
With each word
your tenderness grows
tearing my fear apart
And that laugh
that wrinckles your nose
touches my foolish heart
Lovely,
never never change
keep that breathless charm
Won't you please arrange it
cause I love you
Just the way you look tonight"


Um comentário:

A.L. disse...

Esse filme é demais. Nas primeiras muitas vezes em que assisti, sempre ficava revoltada com o final, sempre queria que eles terminassem juntos, sempre pensava naquela história de "pq ele não vê que eles são perfeitos juntos?"; agora eu me pergunto "pq ela não viu o quanto eles eram perfeitos antes?"... Enfim, é o que tu falaste: passou, amiga! Perdeu. Agora senta, chora e aprende, que é pra não fazer de novo.