Eu não tenho dúvidas de que não há amor mais profundo, mais inteiro, mais integral, mais completo que de mãe. E, por mais que se escute muito falar sobre isso, a gente só entende efetivamente quando é atingida em cheio e irreversivelmente por ele, quando a gente se torna uma. Eu tô falando de um amor que não sabe de limites nem de obstáculos, que não entende as palavras impossível e desistência, e que só pode ser compreendido se se partir do pressuposto que é um amor infinito.
Quando a gente se torna mãe, a gente percebe que a vida tem realmente uma razão de ser, que faz sentido acordar cedo e trabalhar duro e cumprir determinados pepéis. Quando a gente se torna mãe, a gente aprende o significado de altruísmo, de entrega, de proteção. Quando a gente se torna mãe, a gente descobre um amor puro e genuíno, que doa muito mais que recebe, que entrega tudo que se tem, que faz muito mais do que é capaz apenas para obter um sorriso.
Quando a gente se torna mãe, a gente se biparte, e vê uma parcela (muito grande e talvez a mais importante) da nossa existência vivendo em outro corpo, batendo em outro coração, respirando em outro peito. Quando a gente se torna mãe, o nosso umbigo deixa de ser o centro do mundo, os nossos desejos deixam de ser prementes, os nossos pequenos luxos tornam-se de menor importância ante aquele outro ser pequeno e dependente e suas necessidades urgentes.
Quando a gente se torna mãe, a gente aprende a admirar o evoluir de outro ser humano, a aplaudir com o coração aos pulos todas as conquistas e pequenas vitórias, seja uma medalha numa olimpíada de matemática, seja a aprovação num vestibular concorrido, seja conseguir ficar em pé, seja conseguir fazer cocô no troninho. Quando a gente se torna mãe, a gente também se torna mais plena, mais mulher, mais feliz e ganha uma certa certeza das coisas ao redor.
Acreditem em mim, ser mãe transforma a gente, insufla super poderes, torna a gente capaz de fazer muito mais coisas ao longo das 24h do dia, faz a gente ter um sexto sentido mais acurado, finca mais fundo os nossos pés no chão, cria uma força que não supúnhamos possuir, amplia os limites da imaginação e da criatividade, adoça a vida e faz, enfim, com que compreendamos no íntimo e na práxis quão profundo pode ser o amor.
FELIZ DIA DAS MÃES!
3 comentários:
Oi Marcele, passei aqui (como faço diariamente) para ler seus textos. Passei mais cedo para ver se você tinha postado algum texto do dia das mães. Bingo! Adorei o texto. Após leitura, encontrei a inspiração que eu precisava para hoje! ;)
Ainda não sou mãe, mas estou indo para a minha agora.
Aproveito para te desejar muitas felicidades nesse dia e que seus filhotes continuem dando motivos para te fazer sorrir. Sempre!
Felicidades.
Raquel
freire@virtual.ufc.br
Feliz dia das mães Marcele!!!
Continue sempre essa maezona tãao cuidadosa!!
Feliz dia das mães Marcele!
Bjos
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